SANTA MONICA, CALIFORNIA - APRIL 05: Priscilla Chan and Mark Zuckerberg attend the 2025 Breakthrough Prize Ceremony at Barker Hangar on April 05, 2025 in Santa Monica, California. (Photo by Craig T Fruchtman/Getty Images) (Craig T Fruchtman/Getty Images)
Estagiária de jornalismo
Publicado em 1 de agosto de 2025 às 11h47.
"No futuro, qualquer pessoa que não usar óculos inteligentes com inteligência artificial (IA) sofrerá um grande retrocesso", afirmou Mark Zuckerberg, CEO da Meta.
Em uma declaração durante a divulgação dos resultados financeiros da Meta no segundo trimestre de 2025, Zuckerberg destacou que esses dispositivos vestíveis serão tão essenciais quanto os smartphones são hoje, inaugurando uma nova era de interação entre humanos e tecnologia.
Zuckerberg explicou que os óculos equipados com IA permitirão uma integração natural e contínua, já que o sistema poderá "ver" e "ouvir" o que o usuário experimenta ao longo do dia.
Essa experiência imersiva e contextual irá muito além das capacidades dos dispositivos que usamos atualmente. Ele acredita que não adotar essa tecnologia será como ficar para trás, criando uma disparidade cognitiva em relação aos outros.
Atualmente, a Meta já comercializa os óculos Ray-Ban Meta, que possuem câmera, microfone e acesso ao Meta AI. Esses óculos são capazes de responder a comandos de voz e reconhecer objetos em tempo real, representando a primeira geração dessa visão tecnológica.
No entanto, Zuckerberg está desenvolvendo o ambicioso Projeto Orion, que promete óculos de realidade aumentada com viseiras holográficas e uma interação ainda mais avançada com IA.
Zuckerberg tem como objetivo criar uma "superinteligência pessoal" — uma inteligência artificial que funciona como uma extensão natural do usuário, acompanhando o mundo físico para facilitar percepções e interações com o ambiente de forma personalizada.
Ele enfatiza que, sem essa tecnologia, as pessoas estarão limitadas em seu potencial cognitivo e no uso do futuro digital.
Apesar dos altos investimentos e prejuízos acumulados pela divisão Reality Labs da Meta, que já somam cerca de US$ 70 bilhões desde 2020, Zuckerberg continua firme em sua visão de que esses dispositivos vestíveis serão a próxima revolução tecnológica.
Ele acredita que transformarão profundamente a maneira como os humanos interagem com o mundo digital, ampliando a produtividade, o aprendizado e o acesso à informação.
Em suas próprias palavras, Zuckerberg disse: "Em algum momento, não usar óculos de IA será como tentar viver sem um smartphone hoje. Simplesmente vai limitar o que você conseguir fazer."
Essa declaração sublinha a visão de Zuckerberg de que a adoção dessas tecnologias vestíveis não será apenas uma tendência passageira, mas uma necessidade fundamental para manter a competitividade e a capacidade cognitiva na sociedade altamente digitalizada que está por vir.