Para investimentos de médio e longo prazo, Tesouro Selic e CDBs oferecem melhor remuneração, especialmente considerando a atual conjuntura econômica. (PM Images/Getty Images)
Publicado em 24 de junho de 2025 às 15h51.
Com a Selic em 15%, quem tem R$ 10 mil guardados precisa fazer as contas certas. A diferença entre deixar o dinheiro na poupança ou escolher outras aplicações pode significar centenas de reais a mais no bolso. A escolha da aplicação certa transforma o mesmo valor em rendimentos bem diferentes. O momento atual de juros altos traz oportunidades interessantes para investidores conservadores.
A poupança segue regras próprias, rendendo 0,5% ao mês quando a Selic está acima de 8,5%. É a mais simples de todas: você deposita e pronto. Não há cobrança de imposto de renda nem taxas administrativas.
O Tesouro Selic acompanha a taxa básica de juros da economia. É um título público federal, considerado o investimento mais seguro do país. Funciona como emprestar dinheiro para o governo brasileiro.
Já o CDB 105% CDI é um empréstimo que você faz para um banco privado. Em troca, a instituição paga juros sobre o valor aplicado. O percentual de 105% significa que o rendimento bruto da aplicação será 5% superior à taxa do CDI. Por exemplo, se o CDI render 10% ao ano, este CDB renderá 10,5%.
Com R$ 10 mil aplicados, os rendimentos variam significativamente entre as opções:
Poupança:
Tesouro Selic:
CDB 105% CDI:
A diferença entre a poupança e o CDB pode chegar a R$ 682,59 em um ano.
O imposto de renda faz toda a diferença nos cálculos. Aplicações em renda fixa seguem a tabela regressiva: 22,5% nos primeiros 180 dias, 20% até 360 dias, 17,5% até 720 dias e 15% acima de dois anos.
A liquidez também importa. A poupança permite saque a qualquer momento, porém o rendimento só é creditado na data de aniversário mensal do depósito. Um resgate antes dessa data implica a perda de toda a rentabilidade do período. O Tesouro Selic tem liquidez diária, mas pode haver pequenas variações no valor. Já alguns CDBs têm carência para resgate.
Para valores até R$ 250 mil, tanto a poupança quanto os CDBs de instituições associadas ao FGC (Fundo Garantidor de Créditos) contam com essa garantia. O Tesouro tem garantia do próprio governo federal.
A escolha ideal depende do seu perfil e objetivos. Para reserva de emergência, a poupança ainda pode fazer sentido pela praticidade. Para investimentos de médio e longo prazo, Tesouro Selic e CDBs oferecem melhor remuneração, especialmente considerando a atual conjuntura econômica.