Mercados

4 perguntas e respostas que podem pesar para a Vale na Bolsa

Citi corretora reuniu questionamentos sobre um ponto que tem atingido o papel da Vale na Bolsa ultimamente – a cobrança de impostos


	Vale: preço-alvo da Citi corretora para a VALE5 é 37,12 reais
 (Divulgação Vale Canadá)

Vale: preço-alvo da Citi corretora para a VALE5 é 37,12 reais (Divulgação Vale Canadá)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2013 às 05h12.

São Paulo – A Citi Corretora atualizou suas premissas relacionadas ao potencial acordo da Vale (VALE5) envolvendo passivos fiscais (imposto de renda sobre o lucro de subsidiárias no exterior) e reuniu os quatro questionamentos principais dos investidores. No ano, o papel acumula queda de 15%, impactado com o ritmo da economia chinesa e também com a possibilidade de mudanças na cobrança de tributos no setor de mineração.

O preço-alvo da Citi corretora para a VALE5 é 37,12 reais, o que indica um potencial de valorização de 12,2%.

1. Qual é o valor presente líquido?

O governo diz que a Vale deve cerca de 30 bilhões de reais em tributos sobre lucro de subsidiárias no exterior, mas a mineradora contestava o valor. O Citi destaca que o passivo fiscal da Vale totaliza 47 bilhões de reais, sendo 31 bilhões de reais acumulados até 2008 e 17 bilhões de reais estimados para os anos subsequentes.

As propostas atuais consistem na possibilidade de pagamento de cerca de 22 bilhões de reais à vista ou de cerca de 33 bilhões de reais parcelados. O valor presente líquido é de cerca de 22 bilhões de reais a 26 bilhões de reais, equivalente a 10-12% do valor da empresa em dólares, considerando as premissas para taxa selic e custo de capital.

2. Qual seria a alíquota efetiva de imposto de renda da Vale no futuro?

A alíquota de imposto de renda aumentaria ao longo do tempo devido ao pagamento dos passivos fiscais (apesar de a compensação de prejuízos passar a ser permitida agora), segundo o Citi. O impacto líquido no curto prazo será menor, considerando a proposta de que as companhias paguem os impostos sobre o lucro de subsidiárias no exterior nos próximos cinco anos (com um mínimo de 25% do total sendo pago no primeiro ano). A corretora ainda espera um aumento da alíquota de imposto de renda para 25% de 2014 em diante (ante 20% nos últimos anos).

3. E os múltiplos de negociação?

A Vale reconheceria uma grande perda de uma só vez caso o acordo seja formalizado. A Citi vê um impacto limitado no múltiplo preço/lucro (reduzido em 1% devido às maiores despesas para pagamento de juros). O múltiplo VE/EBITDA aumentaria em 15% devido à adição na dívida líquida.


4. E, afinal, para as ações, isso é positivo ou negativo?

O Citi discorda do consenso de que o acordo seria negativo no curto prazo, mas positivo no longo prazo. No curto prazo, a corretora espera momentum positivo para as ações devido à tese da remoção de um evento que vinha pesando sobre a performance das ações. No longo prazo, os investidores podem requerer prêmio de risco mais alto, pois a companhia pode fazer o acordo apesar de contar com bons argumentos para seguir com a disputa na Justiça.

Para acompanhar a Bovespa no seu celular, basta digitar exame2.com.br/mobile/exame-na-bolsa

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasSiderúrgicasValeMineraçãoB3bolsas-de-valores

Mais de Mercados

Ambipar (AMBP3) cai 50% na bolsa após conseguir proteção na Justiça contra credores

Assaí (ASAI3) fecha entre as maiores baixas do Ibovespa após processar GPA

Ibovespa fecha abaixo dos 146 mil pontos com dúvida sobre próximos passos do Fed

Dólar fecha em alta, a R$ 5,36, após dados fortes sobre economia dos EUA