Operação da PF mira o Primeiro Comando da Capital (PCC) (Ralph Orlowski/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 28 de agosto de 2025 às 12h12.
Última atualização em 28 de agosto de 2025 às 12h18.
As ações da Reag (REAG3), gestora de recursos listada na B3, recuam mais de 15% na manhã desta quinta-feira, 28. A empresa é uma das investigadas da Operação Carbono Oculto, da Polícia Federal, considerada a maior ação já realizada contra a principal organização criminosa do Brasil, o Primeiro Comando da Capital (PCC).
O alvo é uma rede que movimentou mais de R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024, infiltrada em toda a cadeia de combustíveis e no sistema financeiro nacional.
As investigações revelaram que o grupo criminoso controlava desde a importação até a venda ao consumidor final, usando centenas de empresas para sonegar tributos, adulterar combustíveis e lavar dinheiro. Segundo a Receita Federal, só em créditos tributários federais já foram constituídos mais de R$ 8,67 bilhões contra os envolvidos.
No final da manhã, a REAG soltou fato relevante ao mercado, com esclarecimentos sobre a situação.
"Trata-se de procedimento investigativo em curso. A companhia esclarece que, juntamente com as controladas, está colaborando integralmente com as autoridades competentes, fornecendo as informações e documentos solicitados, e permanecerá à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais que se fizerem necessários. A companhia manterá seus acionistas e o mercado informados sobre o desenvolvimento dos assuntos objeto deste fato relevante", diz a íntegra do comunicado.
Ao meio dia (horário de Brasília), os papéis REAG3 recuavam 17,55, a R$ 3,10. A gestora estreou no Novo Mercado da B3, segmento de maior nível de governança corporativa, em janeiro deste ano via operação conhecida como "IPO reverso". A REAG entrou na bolsa ao adquirir a GetNinjas, que já era listada. O papel REAG3 não faz parte da composição do Ibovespa.