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Agora vai? BRF define nova data para assembleia sobre fusão com Marfrig

Encontro de acionistas foi adiado duas vezes por determinação da CVM, após protesto de minoritários

O principal ponto de divergência gira em torno da relação de troca de ações entre a BRF e a Marfrig, proposta na fusão: 0,8521 ação da Marfrig para cada ação da BRF (Reprodução/Getty Images)

O principal ponto de divergência gira em torno da relação de troca de ações entre a BRF e a Marfrig, proposta na fusão: 0,8521 ação da Marfrig para cada ação da BRF (Reprodução/Getty Images)

Juliana Alves
Juliana Alves

Repórter de mercados

Publicado em 15 de julho de 2025 às 09h50.

A BRF (BRFS3) anunciou, em comunicado, a nova data de sua Assembleia Geral Extraordinária (AGE) que irá deliberar sobre a fusão com a Marfrig (MRFG3): o encontro será realizado no dia 5 de agosto de 2025, às 11h, exclusivamente de forma digital. A reunião, que inicialmente estava agendada para o dia 18 de junho, já passou por dois adiamentos devido a exigências da CVM, atendendo a pedidos de acionistas minoritários que questionam os termos da operação.

O adiamento foi novamente imposto pela CVM, após a análise da insuficiência de informações sobre a fusão, particularmente a relação de troca de ações proposta. De acordo com a autarquia, a documentação apresentada pela BRF não atendeu aos critérios de transparência exigidos, o que levou à decisão de postergar a AGE por mais 21 dias, conforme determinação da última sexta-feira, 11 de julho.

Em reunião extraordinária realizada na segunda-feira, 14 de julho, o conselho de administração da BRF aprovou a nova data da assembleia. Esse foi o segundo adiamento do processo, que já havia sido reagendado para o dia 14 de julho após a primeira determinação da CVM.

O protesto que levou à nova suspensão da AGE foi feito pela Previ, fundo de pensão de funcionários do Banco do Brasil, que recentemente zerou sua participação na BRF. O fundo de pensão de funcionários do Banco do Brasil (BBAS3), que esteve por mais de 30 anos como acionista da companhia, embolsou R$ 1,9 bilhão pela venda de sua fatia, equivalente a menos de 5% das ações da BRF.

O principal ponto de divergência gira em torno da relação de troca de ações entre a BRF e a Marfrig, proposta na fusão: 0,8521 ação da Marfrig para cada ação da BRF. Os acionistas contestam falta de clareza no cálculo que resultou nesta proporção, o que motivou a CVM a exigir uma nova análise detalhada da operação.

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