(Cheng Xin/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 21 de junho de 2025 às 08h46.
Última atualização em 21 de junho de 2025 às 08h52.
Nesta sexta-feira, 20, a Apple foi processada por acionistas em uma ação coletiva por fraude em valores mobiliários.
Segundo informações da Reuters, a empresa é acusada de minimizar o tempo necessário para integrar inteligência artificial (IA) avançada à assistente de voz Siri, o que teria impactado negativamente as vendas do iPhone e o preço de suas ações.
A denúncia abrange acionistas que sofreram perdas potenciais de centenas de bilhões de dólares no período de um ano até 9 de junho, quando a Apple apresentou diversos recursos e melhorias estéticas para seus produtos, mas manteve mudanças modestas na IA.
A Apple não respondeu imediatamente a pedidos de comentário.
O presidente-executivo Tim Cook, o diretor financeiro Kevan Parekh e o ex-diretor financeiro Luca Maestri também são réus na ação, movida no Tribunal Federal de São Francisco.
Acionistas liderados por Eric Tucker afirmam que, durante a Conferência Mundial de Desenvolvedores (WWDC) de junho de 2024, a Apple os levou a acreditar que a IA seria um fator crucial nos dispositivos iPhone 16, ao lançar o Apple Intelligence para tornar a Siri mais poderosa e fácil de usar.
No entanto, segundo os acionistas, a empresa, com sede em Cupertino, Califórnia, não tinha um protótipo funcional dos recursos de IA da Siri e não poderia, razoavelmente, acreditar que esses recursos estariam prontos para os iPhones 16.
Eles afirmam que a verdade começou a vir à tona em 7 de março, quando a Apple adiou algumas atualizações da Siri para 2026, e se confirmou na WWDC deste ano, em 9 de junho, quando a avaliação da Apple sobre seu progresso em IA decepcionou os analistas.
As ações da Apple perderam quase um quarto de seu valor desde o recorde de 26 de dezembro, eliminando cerca de US$ 900 bilhões em valor de mercado.