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Aquisições de Vibra e Bradesco, acordo da Petrobras e o que move o mercado

Investidores aguardam por dados da inflação americana e ata da última reunião do Fed, que serão divulgados nesta semana

Posto da Vibram Ex-BR Distribuidora | Foto: Victor Moriyama/Bloomberg (Victor Moriyama/Bloomberg)

Posto da Vibram Ex-BR Distribuidora | Foto: Victor Moriyama/Bloomberg (Victor Moriyama/Bloomberg)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 11 de outubro de 2021 às 08h00.

Com um dia de pregão a menos devido ao feriado de Nossa Senhora Aparecida, a semana promete ser de menor liquidez no mercado brasileiro. Mas não de menor importância. Nesta segunda-feira, 11, investidores devem monitorar as expectativas de inflação do boletim Focus, que será o primeiro após o Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro ter saído abaixo do consenso de mercado.

Na quarta-feira, 13, volta de feriado no Brasil, investidores estarão atentos ao índice de preço ao consumidor americano (CPI, na sigla em inglês), que já roda acima de 5% no acumulado de 12 meses. Com a inflação próxima das máximas desde 2008, o mercado também seguirá atento às falas de membros do Federal Reserve, em busca de pistas sobre o ritmo em que será feita a redução dos estímulos via compra de títulos, o tapering. Alguma sinalização sobre o tapering pode vir na quarta mesmo, com a divulgação da ata da última reunião do Fed, no período da tarde.

No mercado brasileiro, o principal indicador econômico irá sair na sexta-feira, 15, quando o Banco Central soltar seu índice de atividade econômica, o IBC-Br, também conhecido como "prévia do PIB". Até lá, investidores seguirão atentos ao mercado internacional e às notícias corporativas, que começam a esquentar com a aproximação da temporada de balanços do terceiro trimestre, que inicia no fim deste mês.

Tentando ser digital

O Bradesco anunciou na última noite de sexta a compra da participação do Banco do Brasil no Digio, banco digital em que já detinha a maior parte do capital social. Com a aquisição, o Bradesco passou a ser o único dono do Banco Digio. A  transação, segundo o Bradesco, faz parte da estratégia de "investir em empresas digitais, complementando de maneira diversificada a sua atuação e atingindo variados públicos, com diferentes modelos". O valor da compra foi de 625 milhões de reais pela fatia de 49,99% do Banco do Brasil.

Atravessando o IPO

A Vibra (ex-BR Distribuidora, BRDT3) fechou um contrato para a compra de até 50% da holding Comerc por 3,25 bilhões de reais. A empresa, de comercialização, gestão de energia para consumidores livres, estava a caminho da bolsa, com oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) precificada e data de estreia prevista para quarta-feira. Com o novo acordo, o IPO não irá sair do papel.

O negócio, segundo a Vibra, "representa mais um passo no reposicionamento para se tornar uma empresa de energia, privilegiando a transição energética e rumo a uma economia de baixo carbono".

Petróleo no rio? Pago em parcelas

A Petrobras (PETR3/PETR4) fechou um acordo no âmbito das três ações civis públicas que apuram danos causados pelo vazamento do Oleoduto Santa Catarina, no Paraná, ocorrida em julho de 2000. A tragédia ambiental é considerada até hoje uma das mais graves ocorridas no estado. O valor do acordo foi de 1,4 bilhão de reais, que será pago em quatro parcelas trimestrais. O montante é equivalente a menos de 2% do lucro líquido da companhia dos últimos 12 meses.

Hackers do turismo

Até o comunicado da noite de sexta-feira, 8, a CVC (CVCB3) seguia sofrendo consequências do ataque cibernético que atingiu seus sistemas no início da última semana. A empresa informou que vem atuando "em conjunto com assessores especializados", mas "alguns sistemas relevantes para as operações da Companhia ainda não foram integralmente reestabelecidos". A companhia também informou que "não há estimativa do tempo necessário para que o ambiente de tecnologia por completo esteja normalizado".

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