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Ásia fecha em queda, Europa recua e futuros de Wall Street oscilam

Mercados globais reagem à inflação de Tóquio, balanços de gigantes de luxo e expectativas sobre tarifas dos EUA

Tóquio: inflação japonesa desacelera para 2,9% em julho, abaixo da previsão de 3% (Keith Tsuji/Getty Images)

Tóquio: inflação japonesa desacelera para 2,9% em julho, abaixo da previsão de 3% (Keith Tsuji/Getty Images)

Publicado em 25 de julho de 2025 às 06h26.

As bolsas asiáticas encerraram esta sexta-feira, 25, em baixa, pressionadas por dados de inflação no Japão e pelas incertezas comerciais provocadas pelas tarifas de Donald Trump.

No Japão, o Topix caiu 0,86%, após bater recorde na véspera, enquanto o Nikkei 225 recuou 0,88%.

Na China, o CSI 300, que reúne as principais ações de Xangai e Shenzhen, cedeu 0,53%. Em Hong Kong, o Hang Seng fechou em queda de 1.09%.

Na Austrália o S&P/ASX 200 caiu 0,49%. Na contramão, o Kospi, de Seul, avançou 0,18%.

A inflação de Tóquio desacelerou para 2,9% em julho, abaixo dos 3,1% de junho e da expectativa de 3% apontada por economistas ouvidos pela Reuters. O dado é considerado um indicador antecipado da tendência de preços no país, o que reforça especulações sobre a política monetária do Banco do Japão, que se reúne na próxima quinta-feira.

Europa abre em queda

Na Europa, os índices abriram em queda, com investidores ajustando posições diante da proximidade do prazo de 1º de agosto para a entrada em vigor das tarifas dos Estados Unidos.

O Stoxx 600 caía 0,34% por volta das 6h (horário de Brasília). O DAX, da Alemanha, recuava 0,65%, enquanto o FTSE 100, de Londres, perdia 0,38%. A exceção é o CAC 40, da França, que operava com alta de 0,15%.

Na continuação da temporada de balanços, os papeis de duas gigantes do setor de moda e vestuário oscilaram após a publicação de seus resultados. As ações da Puma despencaram 18% após a companhia revisar para baixo suas projeções para 2025, citando impacto das tarifas americanas.

Já o grupo LVMH, dono de marcas de luxo como Louis Vuitton, subia 0,6%, apesar da queda de 4% nas vendas do segundo trimestre e de um recuo de 15% no lucro operacional semestral, números que vieram melhores que o esperado.

Cautela nos EUA

Nos Estados Unidos, os futuros dos índices sinalizam cautela após novos recordes do S&P 500 e do Nasdaq na véspera.

Por volta das 6h, os contratos do S&P 500 subiam 0,07%, os do Dow Jones avançavam 0,11%, e os do Nasdaq 100 operavam próximos da estabilidade, com leve queda de 0,02%.

O rali recente foi sustentado por uma temporada de balanços robusta, com 83% das empresas do S&P 500 superando as estimativas de Wall Street.

No pré-mercado desta sexta-feira, a Intel recua após divulgar uma projeção fraca para o terceiro trimestre e anunciar cortes de custos, incluindo uma redução de 22% em seu quadro de funcionários até o fim do ano.

As negociações comerciais seguem no radar, com expectativa de que um acordo entre Estados Unidos e União Europeia seja fechado antes do prazo de 1º de agosto, o que poderia resultar em uma tarifa ampla de 15% sobre produtos europeus exportados para os EUA, segundo fontes ouvidas pela Reuters.

O petróleo também opera em alta, com o Brent a US$ 69,78 o barril, impulsionado pelas perspectivas de novos acordos e pela queda nos estoques americanos.

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