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AstraZeneca se antecipa a prazo dado por Trump e oferece descontos de até 70% em remédios nos EUA

Medida acompanha prazo do governo Trump para cortes nos preços de medicamentos até 29 de setembro

Publicado em 26 de setembro de 2025 às 20h46.

A farmacêutica AstraZeneca passará a oferecer descontos de até 70% em dois de seus medicamentos, Airsupra e Farxiga, destinados para asma e diabetes, nos Estados Unidos.

A iniciativa será realizada por meio de uma plataforma de venda direta ao consumidor para pacientes elegíveis com receita médica, disponível a partir de 1º de outubro, de acordo com informações do The Wall Street Journal.

A medida antecipa o prazo definido pelo presidente Donald Trump, que solicitou às empresas farmacêuticas que apresentassem propostas de redução de preços até 29 de setembro.

Outras companhias, como a Bristol Myers Squibb, já lançaram programas similares, oferecendo descontos de até 80% em medicamentos específicos.

Com a nova plataforma, os pacientes poderão adquirir os medicamentos à vista com desconto, sem intermediação de seguradoras ou farmácias. O objetivo da AstraZeneca é facilitar o acesso aos tratamentos e antecipar-se ao prazo definido pela administração americana.

A iniciativa faz parte de uma série de ações do setor farmacêutico para atender à pressão do governo norte-americano por preços mais baixos e maior transparência no custo dos medicamentos.

Programas semelhantes têm sido implementados por outras grandes farmacêuticas nos últimos meses, beneficiando pacientes com condições crônicas e tratamentos de longo prazo.

Trump anuncia tarifa de 100% sobre medicamentos importados

Além disso, os Estados Unidos informou que vão impor uma tarifa de 100% sobre importações de medicamentos de marca ou patenteados a partir de 1º de outubro, a menos que a empresa esteja construindo uma fábrica no país.

Segundo Trump, produtos farmacêuticos de empresas que já iniciaram construção nos EUA não serão taxados.

A Pharmaceutical Research and Manufacturers of America (PhRMA) se posicionou contra a medida, destacando que 53% dos US$ 85,6 bilhões em insumos usados em medicamentos consumidos nos EUA já são fabricados internamente, enquanto o restante vem da Europa e outros aliados.

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