Presidente Luiz Inácio Lula da Silva: aprovação do presidente voltou a subir e atingiu o maior patamar desde janeiro deste ano, segundo pesquisa Genial/Quaest (Ricardo Stuckert / PR/Divulgação)
Repórter
Publicado em 8 de outubro de 2025 às 08h03.
Os investidores acompanham nesta quarta-feira, 8, uma agenda intensa de indicadores e eventos econômicos, com destaque para a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed), às 15h. O documento deve oferecer pistas sobre o ritmo dos próximos cortes de juros nos Estados Unidos, em meio à crescente preocupação com os impactos da paralisação do governo americano, que completa uma semana sem acordo no Congresso.
O ambiente de incerteza impulsionou o ouro a um novo recorde histórico, superando pela primeira vez os US$ 4.000 por onça. O metal chegou a subir 1,4%, atingindo US$ 4.040,41, e era negociado a US$ 4.039,48 às 5h47 (de Brasília) em Londres.
Segundo avaliação da Bloomberg, o avanço reflete o temor de desaceleração da economia americana e a crise política em Washington. Apenas em 2025, o ouro acumula alta superior a 50%.
No Brasil, a manhã começa com a divulgação do IPC-S da 1ª quadrissemana de outubro, às 8h, pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Às 10h, a Anfavea divulga os dados de produção de veículos de setembro, e às 14h30, o Banco Central apresenta o fluxo cambial semanal.
O noticiário político também deve movimentar os mercados. A Câmara dos Deputados deve votar hoje a Medida Provisória 1.303, que trata de alternativas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O texto caduca nesta quarta-feira, 8.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo e o Congresso chegaram a um acordo para aprovação do texto, que prevê arrecadação de pelo menos R$ 17 bilhões em 2026, valor abaixo dos R$ 20 bilhões inicialmente projetados.
No cenário político, a pesquisa Genial/Quaest divulgada às 7h mostra recuperação gradual da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A aprovação ao governo subiu dois pontos percentuais e chegou ao maior patamar desde janeiro, com 48% dos brasileiros aprovando e 49% desaprovando — um empate técnico dentro da margem de erro.
A avaliação geral do governo também melhorou: é positiva para 33% dos entrevistados (contra 31% em agosto) e negativa para 37% (de 38% no mês anterior).
Mais tarde, Lula participa, ao lado da ministra Marina Silva, da VI Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA), às 10h em Luziânia (GO), e deve sancionar a lei da Tarifa Social de Energia às 15h.
No exterior, os mercados permanecem fechados na China e na Coreia do Sul, por causa de feriados locais, o que reduz a liquidez na Ásia.
Nos Estados Unidos, além da ata do Fed, o Departamento de Energia divulga às 11h30 os estoques de petróleo da semana até 3 de outubro.
Há falas programadas de alguns dirigentes do Fed. Alberto Musalem (St. Louis) fala às 10h20, Michael Barr participa de eventos às 10h30 e 18h45, e Neel Kashkari (Minneapolis) às 16h15.
Na Europa, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, envia mensagem pré-gravada a um evento em Luxemburgo às 13h.