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Azevedo & Travassos tem novo controlador e vai realizar OPA

A Nemesis Brasil Participações passa a deter 54% do capital da companhia e terá de fazer oferta de aquisição aos demais acionistas

Azevedo & Travassos: Fundada em 1922, a empresa começou a negociar ações na bolsa nos anos 1980, após se tornar uma sociedade anônima e expandir seus negócios em construção pesada, oleodutos, gasodutos e engenharia. (hxdbzxy/ThinkStock)

Azevedo & Travassos: Fundada em 1922, a empresa começou a negociar ações na bolsa nos anos 1980, após se tornar uma sociedade anônima e expandir seus negócios em construção pesada, oleodutos, gasodutos e engenharia. (hxdbzxy/ThinkStock)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 24 de setembro de 2025 às 12h51.

Última atualização em 24 de setembro de 2025 às 14h02.

*Ao contrário do que informava inicialmente esta reportagem, o novo controlador da Azevedo & Travassos terá de realizar oferta pública de aquisição (OPA) aos acionistas minoritários por determinação da Lei das S/A, e não por haver planos de fechar o capital da empresa na bolsa. O texto foi corrigido.

A Azevedo & Travassos (AZEV3; AZEV4) começa uma nova movimentação que marca sua longa história na bolsa de valores brasileira.

A companhia anunciou na terça-feira, 24, que a Nemesis Brasil Participações adquiriu a totalidade das ações ordinárias e preferenciais que estavam em poder do Camaçari Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia, numa transação avaliada em aproximadamente R$ 94,3 milhões.

Com a conclusão do negócio, a Nemesis Brasil Participações passou a deter 54,38% do capital social total da empresa. Em razão dessa mudança de controle, a compradora deverá realizar uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) dirigida a todos os acionistas da companhia, oferecendo 80% do valor por ação pago na transação. Essa é uma exigência da Lei das Sociedades Anônimas (S/A) para que minoritários tenham a chance de vender suas participações na empresa, se assim da desejarem, nos casos de mudança de controle.

Fundada em 1922, a empresa começou a negociar ações na bolsa nos anos 1980, após se tornar uma sociedade anônima e expandir seus negócios em construção pesada, oleodutos, gasodutos e engenharia.

Ao longo do tempo, passou por diversas reformulações, incluindo a cisão em 2025 que originou a Azevedo & Travassos Energia (ATE), focada em exploração e produção de petróleo, que também passou a ser listada na bolsa. Mas é a Azevedo & Travassos "original", que segue atuando em infraestrutura e engenharia, a deve ser retirada da bolsa.

Os papéis da empresa são penny stocks, ou seja, são negociados na casa dos centavos e tem baixíssima liquidez. Recentemente, tiveram uma disparada quando a companhia venceu licitação da Petrobras para contrato no valor de R$ 1,76 bilhão em projeto ligado à implantação de uma unidade de geração de hidrogênio, no Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí (RJ).

No ano, porém, AZEV3 acumula queda de mais de 37%, enquanto AZEV4, recua em torno de 36%.

A aquisição do controle da empresa pela Nemesis abrange 88.585.918 ações ordinárias e 149.398.219 ações preferenciais, que juntas representam 40,15% do capital social total da Azevedo & Travassos. O pagamento será realizado em 10 parcelas anuais, com a primeira prevista para 23 de setembro de 2026, completando um ano após a data de fechamento da transação.

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