Zuckerberg: "Temos os recursos e a expertise para construir a infraestrutura massiva necessária e a capacidade de entregar novas tecnologias a bilhões de pessoas por meio dos nossos produtos" (BRENDAN SMIALOWSKI / Colaborador/Getty Images)
Editora do EXAME IN
Publicado em 30 de julho de 2025 às 17h36.
Última atualização em 30 de julho de 2025 às 17h43.
A Meta, dona do Instagram, do Facebook e do Whatsapp, voltou a superar as expectativas do mercado com um segundo trimestre de resultados fortes, impulsionados pelo crescimento da sua divisão de publicidade. A big tech também projetou uma receita para o terceiro trimestre acima do consenso e elevou a previsão de investimentos em inteligência artificial (IA).
As ações da companhia subiram mais de 9% no after market desta quarta-feira, 30, após o fechamento regular em US$ 695,21.
O lucro por ação (EPS) da Meta no segundo trimestre foi de US$ 7,14, bem acima dos US$ 5,88 projetados por analistas e dos US$ 5,16 registrados no mesmo período de 2024. A receita chegou a US$ 47,5 bilhões — crescimento de 22% em relação ao ano anterior e também superior à estimativa média de US$ 44,8 bilhões, segundo a FactSet.
Os principais indicadores operacionais também surpreenderam positivamente: crescimento no número de usuários diários, aumento no volume de impressões publicitárias e elevação do preço médio por anúncio, métricas essenciais para o modelo de negócios da empresa, que ainda depende em 98% da receita com publicidade em seus aplicativos.
A Meta também divulgou projeções otimistas para o terceiro trimestre, com estimativa de receita entre US$ 47,5 bilhões e US$ 50,5 bilhões — o ponto médio acima do consenso de US$ 46,2 bilhões dos analistas. A força da operação publicitária tem garantido à companhia espaço para continuar elevando sua aposta na corrida global por IA.
A empresa revisou para cima a faixa mínima de seus investimentos em capital (capex) para 2025: agora espera gastar entre US$ 66 bilhões e US$ 72 bilhões, ante US$ 64 bilhões a US$ 72 bilhões anteriormente. A maior parte desse montante será destinada à construção de novos data centers para IA, cuja depreciação deve pressionar os resultados contábeis nos próximos trimestres.
“Temos os recursos e a expertise para construir a infraestrutura massiva necessária e a capacidade de entregar novas tecnologias a bilhões de pessoas por meio dos nossos produtos”, afirmou o CEO Mark Zuckerberg em carta aos investidores. Segundo ele, a Meta está comprometida em desenvolver uma “superinteligência artificial”.
Desde a virada estratégica após o ano difícil de 2022, a Meta vem se reposicionando como uma potência em tecnologia de IA, investindo pesadamente no desenvolvimento de modelos próprios e ferramentas de automação para criadores de conteúdo e anunciantes. No ano até o fechamento de hoje, os papéis subiam 18%, colocando a companhia na liderança entre o grupo agora mais errático das Magnificent 7.