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Na Meta, receita com publicidade supera expectativa e segue dando fôlego a investimentos em IA

Lucro da dona do Instagram, Whatapp e Facebook surpreendeu positivamente no segundo trimestre, dando fôlego a aumento de investimentos em inteligência artificial; ações sobem mais de 9% no after market

Zuckerberg: "Temos os recursos e a expertise para construir a infraestrutura massiva necessária e a capacidade de entregar novas tecnologias a bilhões de pessoas por meio dos nossos produtos" (BRENDAN SMIALOWSKI / Colaborador/Getty Images)

Zuckerberg: "Temos os recursos e a expertise para construir a infraestrutura massiva necessária e a capacidade de entregar novas tecnologias a bilhões de pessoas por meio dos nossos produtos" (BRENDAN SMIALOWSKI / Colaborador/Getty Images)

Natalia Viri
Natalia Viri

Editora do EXAME IN

Publicado em 30 de julho de 2025 às 17h36.

Última atualização em 30 de julho de 2025 às 17h43.

A Meta, dona do Instagram, do Facebook e do Whatsapp, voltou a superar as expectativas do mercado com um segundo trimestre de resultados fortes, impulsionados pelo crescimento da sua divisão de publicidade. A big tech também projetou uma receita para o terceiro trimestre acima do consenso e elevou a previsão de investimentos em inteligência artificial (IA).

As ações da companhia subiram mais de 9% no after market desta quarta-feira, 30, após o fechamento regular em US$ 695,21.

O lucro por ação (EPS) da Meta no segundo trimestre foi de US$ 7,14, bem acima dos US$ 5,88 projetados por analistas e dos US$ 5,16 registrados no mesmo período de 2024. A receita chegou a US$ 47,5 bilhões — crescimento de 22% em relação ao ano anterior e também superior à estimativa média de US$ 44,8 bilhões, segundo a FactSet.

Os principais indicadores operacionais também surpreenderam positivamente: crescimento no número de usuários diários, aumento no volume de impressões publicitárias e elevação do preço médio por anúncio, métricas essenciais para o modelo de negócios da empresa, que ainda depende em 98% da receita com publicidade em seus aplicativos.

Fôlego para investir mais

A Meta também divulgou projeções otimistas para o terceiro trimestre, com estimativa de receita entre US$ 47,5 bilhões e US$ 50,5 bilhões — o ponto médio acima do consenso de US$ 46,2 bilhões dos analistas. A força da operação publicitária tem garantido à companhia espaço para continuar elevando sua aposta na corrida global por IA.

A empresa revisou para cima a faixa mínima de seus investimentos em capital (capex) para 2025: agora espera gastar entre US$ 66 bilhões e US$ 72 bilhões, ante US$ 64 bilhões a US$ 72 bilhões anteriormente. A maior parte desse montante será destinada à construção de novos data centers para IA, cuja depreciação deve pressionar os resultados contábeis nos próximos trimestres.

“Temos os recursos e a expertise para construir a infraestrutura massiva necessária e a capacidade de entregar novas tecnologias a bilhões de pessoas por meio dos nossos produtos”, afirmou o CEO Mark Zuckerberg em carta aos investidores. Segundo ele, a Meta está comprometida em desenvolver uma “superinteligência artificial”.

Desde a virada estratégica após o ano difícil de 2022, a Meta vem se reposicionando como uma potência em tecnologia de IA,  investindo pesadamente no desenvolvimento de modelos próprios e ferramentas de automação para criadores de conteúdo e anunciantes. No ano até o fechamento de hoje, os papéis subiam 18%, colocando a companhia na liderança entre o grupo agora mais errático das Magnificent 7.

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