Tesla: montadora americana divulga seus resultados nesta quarta-feira (Jeremy Moeller/Getty Images)
Redatora
Publicado em 23 de julho de 2025 às 08h04.
Esta quarta-feira, 23, traz um combo de dados econômicos, balanços corporativos e desdobramentos políticos que prometem movimentar os mercados globais e locais.
Nos Estados Unidos, o dia será marcado por resultados corporativos de peso. Antes da abertura, a AT&T divulga seus números, enquanto após o fechamento será a vez das gigantes de tecnologia Alphabet (controladora do Google), IBM e Tesla.
No Brasil, a Weg apresenta seu balanço logo pela manhã, trazendo foco ao setor industrial na B3.
Entre os indicadores domésticos, o destaque vai para o fluxo cambial semanal divulgado pelo Banco Central às 14h30. Pela manhã, às 8h, saem dados da prévia do Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), que trarão pistas sobre a inflação recente.
Às 11h, o presidente Lula participa de evento no Planalto para anunciar iniciativas pelo programa Transformação Digital.
No cenário externo, às 11h, os investidores acompanham as vendas de moradias usadas nos EUA. No mesmo horário, sai o índice preliminar de confiança do consumidor na zona do euro, relativo a julho. Às 11h30, o Departamento de Energia americano divulga dados sobre estoques de petróleo.
Às 21h30, será publicada a prévia do PMI composto do Japão, importante termômetro da atividade econômica do país asiático.
O noticiário desta quarta-feira é dominado pelas negociações comerciais lideradas pelo presidente Donald Trump.
Em Washington, Trump anunciou um amplo acordo tarifário com o Japão e sinalizou avanços em conversas com China, Reino Unido, Filipinas e Indonésia. A sinalização de alívio tarifário deu fôlego a ativos globais e elevou o otimismo nos mercados.
Já no Brasil, a ausência de novidades sobre a tarifa de 50% imposta pelos EUA abre espaço para certa estabilidade, mas o ambiente doméstico continua pressionado pelas dúvidas fiscais.
O Relatório Bimestral frustrou expectativas de corte de gastos e reacendeu questionamentos sobre a sustentabilidade das metas.
Economistas alertam para o uso de receitas extraordinárias em 2025 e para o risco de descumprimento da meta de superávit de 0,25% do PIB em 2026, ainda mantida oficialmente pelo governo.
As bolsas globais operam em alta na manhã desta quarta-feira, 23, impulsionadas pelo acordo comercial firmado entre os Estados Unidos e o Japão. O anúncio reacendeu a expectativa de que negociações semelhantes avancem com outros parceiros, como a União Europeia.
Na Ásia, o índice japonês Nikkei 225 subiu mais de 2%, com destaque para as ações de montadoras. A Mazda disparou 17%, enquanto Toyota e Mitsubishi avançaram mais de 11% e 13%, respectivamente.
Já na Europa, os mercados também abriram em forte alta: por volta das 7h30 (de Brasília), o Stoxx 600 subia 1,15%, com destaque para o CAC 40, de Paris, que ganhava 1,29%, e o DAX, de Frankfurt, com alta de 0,81%. O FTSE 100, em Londres, avançava 0,60%.
Nos Estados Unidos, os índices futuros apontam para uma abertura positiva. Às 7h30, os contratos do S&P 500 subiam 0,40%, os do Dow Jones ganhavam 0,51% e os do Nasdaq 100 avançavam 0,20%.