United Airlines: corte de despesas deve estar amortecer perdas com a covid-19 (Chris Helgren/Reuters)
Redatora
Publicado em 10 de setembro de 2025 às 06h34.
A United Airlines e a Spirit Airlines intensificaram o embate público nesta terça-feira, 9, após declarações do CEO da United, Scott Kirby, sobre a fragilidade do modelo de baixo custo adotado pela rival.
A Spirit, que entrou com pedido de falência pela segunda vez em um ano, rebateu as críticas em publicação nas redes sociais.
Durante a Cúpula Aeroespacial Global da Câmara de Comércio dos EUA, em Washington, Kirby afirmou que o modelo de custo "ultrabaixo" das companhias aéreas é um “experimento interessante” que “falhou”.
Segundo ele, os clientes da Spirit “não querem voar” com a empresa, o que colocaria em dúvida sua permanência no setor.
Pouco depois, a Spirit reagiu no X (antigo Twitter), defendendo suas tarifas acessíveis e produtos premium. “Talvez seja por isso que os executivos da United não param de falar mal de nós”, declarou a companhia.
Scott is finally right about something - it is all about customers. Our Guests love low fares, especially our new Spirit First and Premium Economy options. Maybe that’s why United executives can’t stop yapping about us. https://t.co/OXsXQmukDI
— Spirit Airlines (@SpiritAirlines) September 9, 2025
A aérea também classificou os comentários de Kirby como “ilusões” e disse esperar continuar operando “por muitos anos”.
A Spirit enfrenta dificuldades financeiras e está reduzindo operações para conter perdas. A empresa encerrou voos para 11 cidades nos EUA, incluindo Portland e San Diego, e cancelou planos de iniciar rotas para Macon, na Geórgia.
No último trimestre, sua despesa operacional foi de US$ 1,2 bilhão, equivalente a 118% da receita obtida no período.
O cenário abriu espaço para concorrentes. Na semana passada, a United começou a vender passagens para 15 cidades atendidas pela Spirit, afirmando que busca oferecer alternativas aos passageiros caso a rival encerre atividades de forma repentina.