BB: Instituição é por onde a maior parte do funcionalismo público recebe seu salário (Leandro Fonseca/Exame)
Editora do EXAME IN
Publicado em 1 de agosto de 2025 às 16h57.
Última atualização em 1 de agosto de 2025 às 18h02.
As ações do Banco do Brasil (BBAS3) passaram a cair fortemente na tarde desta sexta-feira, após resultados fracos apresentados ao Banco Central e uma notícia de "O Globo" relatar que Eduardo Bolsonaro estaria em contato com o Departamento de Estado dos Estados Unidos para mostrar possíveis brechas na sanção ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) ao ministro Alexandre de Moraes pela lei Magnitsky no Brasil.
Operando próximo à estabilidade durante todo o pregão, os papéis do banco estatal passaram uma queda abrupta de 7% às 15h30, liderando com folga os recuos do Ibovespa.
De acordo com reportagem de Bela Magale, o deputado mostrou que parte dos bancos vê as restrições feitas a Moraes ligadas somente às movimentações em dólar feitas pelo magistrado, fora do país. "Segundo interlocutores de Eduardo, os representantes do Departamento de Estado americano relataram que a sanção envolveria a proibição de operações financeiras em qualquer moeda", afirmou a colunista. Pelo entendimento, na prática, o ministro Alexandre de Moraes estaria inviabilizado de movimentar suas contas bancárias.
O Banco do Brasil é o mais afetado porque é por onde a maior parte do funcionalismo público federal recebe seu salário.
O ruído veio ao mesmo tempo em que o BC divulgou os números de maio dos bancos. O balancete do BB mostrou um lucro de R$ 454 milhões em maio, muito abaixo do esperado, e menos de um terço dos R$ 1,7 bi de abril. A expectativa dos mercado agora é que o lucro do segundo trimestre fique entre R$ 3 bilhões e R$ 4 bilhões, contra a expectativa anterior de R$ 5 bilhões.