Invest

Bezos e Musk devem enfrentar impostos mais altos após salto de fortunas

Os líderes do Grupo dos Sete se reúnem neste fim de semana e a expectativa é que endossem um plano para resolver deficiências no sistema tributário

Os 500 indivíduos mais ricos do mundo agora possuem uma fortuna US$ 8,4 trilhões (Bloomberg / Getty/Getty Images)

Os 500 indivíduos mais ricos do mundo agora possuem uma fortuna US$ 8,4 trilhões (Bloomberg / Getty/Getty Images)

B

Bloomberg

Publicado em 10 de junho de 2021 às 16h32.

Última atualização em 10 de junho de 2021 às 16h34.

O fundador da Amazon.com, Jeff Bezos, tem dinheiro para voar ao espaço. Elon Musk, fundador da Tesla, também. Mas, de muitas maneiras, os mais ricos deixaram para trás a maior parte do mundo há muito tempo.

Os 500 indivíduos mais ricos do mundo agora possuem uma fortuna US$ 8,4 trilhões, um aumento de mais de 40% no ano e meio desde que a pandemia começou a devastar o mundo. Enquanto isso, os maiores vencedores da economia, as empresas de tecnologia que criaram muitas dessas fortunas, pagam taxas de impostos mais baixas do que balconistas, e seus fundadores super-ricos podem explorar brechas legais para repassar enormes ganhos aos herdeiros em grande parte isentos de impostos.

Agora, um grupo poderoso o suficiente para desafiar a supremacia dos titãs da tecnologia está prestes a entrar em ação. Os líderes do Grupo dos Sete, incluindo o presidente dos EUA, Joe Biden, e primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, se reúnem no sudoeste da Inglaterra neste fim de semana, onde a expectativa é que endossem um plano para resolver deficiências no sistema tributário mundial.

Embora as mudanças ainda precisem da aprovação de um grupo maior de nações antes de se tornarem realidade, incluindo a China, o acordo do G7 marca uma virada histórica após décadas de queda de impostos para corporações multinacionais.

“É muito fácil para multinacionais e pessoas mais ricas escaparem dos impostos. O que estamos vendo com o G7 é que chegou a hora de os políticos retomarem o poder”, disse Philippe Martin, ex-assessor do presidente francês Emmanuel Macron que agora dirige o Conseil d’Analyse Economique. “Há uma janela de oportunidade, um ponto de inflexão em que eles percebem que precisam do poder tributário e de gastar mais.”

O acordo reforçaria os próprios planos de Biden de elevar impostos sobre corporações e ricos, aumentando as alíquotas, fazendo os herdeiros pagarem mais e igualando as taxas entre investidores e trabalhadores.

As propostas são parte de um renascimento global de iniciativas com alvo nos ricos, que incluem novos impostos sobre ganhos de capital, heranças e fortunas que aumentaram desde que a Covid-19 abriu enormes rombos fiscais nos orçamentos de vários países.

Acompanhe tudo sobre:AmazonEstados Unidos (EUA)Impostosjeff-bezosElon Musk

Mais de Invest

Ibovespa se aproxima dos 144 mil pontos, em dia de voto de Cármen Lúcia no STF

CPI acima do esperado nos EUA reflete tarifas de importação e diminui espaço para redução de juros

Empiricus tira B3 (B3SA3) de carteira de dividendos; veja quem a substitui

Oracle disparou quase 40% na quarta-feira — e a Jefferies vê espaço para subir mais