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BNDES deve atuar no mercado de capitais, diz economista

Luiz Chrysostomo defendeu que o foco do Banco seja o mercado de capitais, a fim de desenvolver debêntures como instrumento de financiamento


	Bolsa: para economista, um dos papéis do banco de fomento seria ampliar o mercado secundário de debêntures por meio de compra dos papéis
 (Marcos Issa/Bloomberg)

Bolsa: para economista, um dos papéis do banco de fomento seria ampliar o mercado secundário de debêntures por meio de compra dos papéis (Marcos Issa/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2013 às 19h18.

São Paulo - O diretor do Instituto de Estudos e Políticas Econômicas da Casa das Garças e presidente do Conselho de Ética da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima), Luiz Chrysostomo, defendeu que o foco do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) seja o mercado de capitais, a fim de desenvolver debêntures como instrumento de financiamento de projetos de infraestrutura. Na sua opinião, um dos papéis do banco de fomento seria ampliar o mercado secundário de debêntures por meio de compra dos papéis.

Chrysostomo explicou que o crescimento das debêntures como alternativa de financiamento de grandes obras depende da liquidez desse mercado. É aí que, de acordo com o economista, entra o BNDES, como um agente comprador de debêntures. "O BNDES deve ter um papel mais ativo no mercado de capitais brasileiro", disse, após participar de seminário, na Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta quinta-feira, 17.

A participação das debêntures e da renda fixa em projetos de concessões e parcerias público-privadas (PPPs) é a alternativa necessária para diminuir a dependência que o País tem do BNDES para projetos de infraestrutura, segundo Chrysostomo.

Apesar da lentidão ser maior que a esperada, o executivo disse que há ações sendo tomadas para o desenvolvimento do mercado de debêntures. Ele citou discussões sobre benefícios fiscais para instituições financeiras negociarem os papéis e definição de regras claras. "O governo entendeu que é preciso desenvolver o mercado secundário para estimular o primário", completou.

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