Mercados

Bolsas chinesas sofrem tombo com dúvidas sobre Pequim

O Xangai Composto teve queda de 6,2%, encerrando o pregão a 3.748,16 pontos. Com isso, o Xangai está 27% abaixo do pico alcançado em meados de junho


	O Xangai Composto teve queda de 6,2%, encerrando o pregão a 3.748,16 pontos. Com isso, o Xangai está 27% abaixo do pico alcançado em meados de junho
 (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

O Xangai Composto teve queda de 6,2%, encerrando o pregão a 3.748,16 pontos. Com isso, o Xangai está 27% abaixo do pico alcançado em meados de junho (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2015 às 07h43.

São Paulo - As bolsas asiáticas fecharam em baixa generalizada nesta terça-feira, lideradas por um forte tombo nos mercados da China, em meio a dúvidas sobre o compromisso de Pequim de sustentar as ações locais e dar prosseguimento a reformas.

Ao mesmo tempo, os investidores ignoraram dados positivos do setor imobiliário da China e uma nova injeção de capital do banco central chinês, o PBoC.

O Xangai Composto, principal índice acionário da China, teve queda de 6,2%, encerrando o pregão a 3.748,16 pontos. Com isso, o Xangai está apenas 240 pontos acima da mínima vista em 8 de julho e 27% abaixo do pico alcançado em meados de junho.

O Shenzhen Composto, de abrangência menor, caiu 6,6% hoje, a 2.174,42 pontos.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng recuou 1,43%, a 23.474,97 pontos, passando a mostrar desvalorização no acumulado do ano, enquanto um índice local de empresas chinesas perdeu 1,8%.

No mercado taiwanês, o Taiex cedeu 0,4%, a 8.177,22 pontos, renovando mínima em 21 meses, enquanto em Seul, o índice sul-coreano Kospi registrou baixa de 0,62%, a 1.956,26 pontos.

As perdas na China começaram já nos negócios da manhã, pelo horário local, com ações de estatais recuando diante do ceticismo em relação à disposição de Pequim de promover reformas, que são consideradas essenciais para abrir grandes conglomerados a investimentos privados e às forças do mercado.

A liquidação se acelerou nos minutos finais dos negócios nas bolsas chinesas.

Um total de 58% das ações listadas em Xangai e 52% das empresas negociadas em Shenzhen atingiram o limite diário de desvalorização de 10% nesta terça, segundo a Factset.

O tombo visto nos mercados da China ocorreu apesar de o PBoC ter injetado 120 bilhões de yuans (US$ 18,77 bilhões) no sistema financeiro, na maior operação em um único dia em quase 19 meses, e após indicadores favoráveis do setor imobiliário, com os preços médios das moradias em 70 cidades chinesas avançando pelo terceiro mês consecutivo em julho, com alta de 0,15% ante o mês anterior.

Na Oceania, a bolsa australiana também encerrou o dia em tom negativo, pressionada por ações de energia e de bancos. O S&P/ASX 200, índice que reúne as empresas mais negociadas em Sydney, recuou 1,2%, à mínima do dia de 5.303,10 pontos.

O índice acumula perdas de 6,9% em agosto, o que o deixa numa posição de registrar seu pior desempenho mensal desde maio de 2012. 

Acompanhe tudo sobre:AçõesÁsiabolsas-de-valoresCâmbioChinaIuaneMoedas

Mais de Mercados

Banco do Brasil promove trocas nas lideranças de cinco empresas do conglomerado

Bolsas globais superam desempenho dos EUA nos primeiros seis meses do governo Trump

Ibovespa fecha em queda de 1,61% pressionado por tensões políticas

Dólar fecha em alta de 0,73% após Bolsonaro ser alvo de operação da PF