Redatora
Publicado em 7 de julho de 2025 às 06h37.
Os mercados globais iniciaram a semana com cautela após novas ameaças tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em queda nesta segunda-feira, 7, reagindo à confirmação de que tarifas "recíprocas" entram em vigor em 1º de agosto para países que não firmarem acordo com Washington.
Além disso, Trump ameaçou aplicar um adicional de 10% às nações que se alinharem às “políticas antiamericanas do Brics”, sem dar mais detalhes. A cúpula do grupo, que reúne países como Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul, começou neste domingo no Rio de Janeiro.
No Japão, o Nikkei 225 caiu 0,56%, enquanto o Topix recuou 0,57%. Na China, o CSI 300 perdeu 0,43%, e o Hang Seng, de Hong Kong, recuou 0,61%. Na Austrália, o S&P/ASX 200 cedeu 0,16%, em dia de início da reunião de dois dias do banco central local.
Em contraste, a Coreia do Sul registrou ganhos: o Kospi avançou 0,17% e o Kosdaq, voltado a small caps, subiu 0,34%.
Na Europa, os mercados operam em leve alta após quase uma hora de pregão. O Stoxx 600 subia 0,13%, mas sem tendência clara entre os setores. O índice de petróleo e gás da região caía 1,3%, pressionado por perdas nas commodities após a Opep+ anunciar aumento de produção acima do esperado.
Entre as bolsas, o DAX, de Frankfurt, avançava 0,43%, enquanto o CAC 40, de Paris, oscilava perto da estabilidade, com queda de 0,02%. Em Londres, o FTSE 100 cedia 0,01%.
Nos Estados Unidos, os futuros apontavam para abertura em baixa. O Dow Jones recuava 0,20%, o S&P 500 caía 0,48% e o Nasdaq 100 cedia 0,65%.
O movimento reflete a preocupação com as tarifas e a possibilidade de maior volatilidade após os recordes recentes dos índices, impulsionados pela expectativa de que as medidas comerciais mais severas seriam adiadas.
As ações da Tesla também enfrentam pressão no pré-mercado. Os papéis da montadora caíam 7,13% após Elon Musk anunciar a criação de um partido político, o “America Party”, com foco em influenciar votações no Congresso.
Investidores temem que o envolvimento político de Musk atrapalhe o desempenho da empresa, que já enfrenta queda de 14% nas entregas de veículos no segundo trimestre e maior concorrência na China, seu principal mercado.