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Bolsas globais operam perto de máximas à espera de reunião entre Trump e Putin

Mercados sobem com PIB do Japão acima do esperado e apesar de dados fracos da China; futuros de NY avançam

Publicado em 15 de agosto de 2025 às 06h22.

As bolsas internacionais operam com ganhos nesta manhã de sexta-feira, 15, à espera do encontro entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, no Alasca, onde uma possível negociação de cessar-fogo na guerra da Ucrânia está na pauta.

O índice global MSCI All Country World se mantém próximo da máxima histórica de 954,21 pontos registrada na quarta-feira. Já na Europa, o Stoxx 600 sobe 0,23% por volta das 5h50 (horário de Brasília). Entre as principais praças, o alemão DAX avança 0,40%, o francês CAC 40 sobe 0,71% e o britânico FTSE 100 recua 0,11%.

No mercado corporativo, as ações da joalheria dinamarquesa Pandora despencam 12,7% em Londres após a publicação do balanço da companhia no segundo trimestre. A joalheria prevê perda direta de 200 milhões de coroas dinamarquesas em 2025 com tarifas dos EUA e considera aumentar preços para compensar o efeito.

Nos EUA, os futuros indicam abertura positiva: Dow Jones sobe 0,70%, S&P 500 avança 0,09%) e Nasdaq 100 cai 0,16%. Os investidores aguardam dados de vendas no varejo e confiança do consumidor.

PIB do Japão e dados fracos da China

No fechamento da Ásia, o índice japonês Nikkei 225 subiu 1,71%, renovando recorde de alta, após o PIB do Japão crescer 0,3% no segundo trimestre, acima da previsão de 0,1%, mesmo com o impacto das tarifas impostas pelos EUA.

Já na China, indicadores de julho vieram abaixo do esperado, reforçando preocupações sobre a demanda interna. As vendas no varejo subiram 3,7% na comparação anual, contra estimativa de 4,6%. A produção industrial avançou 5,7%, a menor alta desde novembro de 2023, e o investimento em ativos fixos desacelerou para 1,6% no acumulado do ano.

No pregão, o CSI 300, que reúne as principais companhias listadas nas bolsas de Xangai e Shenzhen, subiu 0,7%, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, caiu 0,98%. Nos demais mercados da região, o Kospi, da Coreia do Sul, avançou 0,04%, e o S&P/ASX 200, da Austrália, ganhou 0,73%.

Commodities e câmbio

No mercado de petróleo, o Brent recua 0,58%, cotado a US$ 66,45 o barril, enquanto o WTI cai 0,66%, para US$ 63,54, segundo dados da Reuters. As cotações são pressionadas por dados econômicos mais fracos na China e nos Estados Unidos, que aumentam preocupações com a demanda global, e por projeções de excedente na oferta nos próximos meses.

Analistas do Bank of America preveem um superávit médio de 890 mil barris por dia entre julho de 2025 e junho de 2026, diante do aumento da produção pela Opep+.

No mercado de metais preciosos, o ouro avança 0,3%, a US$ 3.345,21 a onça, segundo a Reuters, apoiado pela queda de 0,3% no índice dólar, que torna o metal mais barato para compradores que detêm outras moedas. O movimento ocorre antes da reunião entre Donald Trump e Vladimir Putin, no Alasca, e em meio à incerteza sobre os próximos passos do Federal Reserve após dados de inflação nos EUA acima do esperado, que reduziram as apostas de corte de juros em setembro.

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