Redatora
Publicado em 16 de junho de 2025 às 06h09.
As bolsas internacionais operam em alta nesta segunda-feira, 16, com investidores monitorando a escalada do conflito entre Israel e Irã e analisando os dados econômicos divulgados pela China.
Na Ásia, os principais índices fecharam no campo positivo. O Nikkei, de Tóquio, avançou 1,26%, enquanto o Topix subiu 0,75%.
Na China, o CSI 300 teve leve alta de 0,25%, após o país divulgar crescimento de 6,4% nas vendas no varejo em maio e expansão de 5,8% na produção industrial, abaixo das expectativas. Em Hong Kong, o Hang Seng subiu 0,7%.
Na Coreia do Sul, o Kospi disparou 1,8%, e o Kosdaq subiu 1,09%. Na Austrália, o S&P/ASX 200 terminou o dia sem variações.
Na Europa, as bolsas abriram em alta. Por volta das 6h, o índice europeu Stoxx 600 subia 0,34%, o DAX, de Frankfurt, ganhava 0,46%, o CAC 40, de Paris, avançava 0,90% e o FTSE 100, de Londres, tinha alta de 0,36%. As ações do setor de petróleo e gás lideram os ganhos, com avanço de 1,1% no Stoxx 600, impulsionadas pela disparada nos preços do petróleo.
No noticiário corporativo, as ações da Renault despencavam mais de 7% após o anúncio de que o CEO Luca de Meo deixará o cargo. Já os papéis da Kering, dona de marcas como Gucci e Yves Saint Laurent, disparavam 7% em meio a especulações de que de Meo assumirá a liderança da gigante francesa do setor de moda.
Os investidores também estão atentos à decisão de juros do Federal Reserve, que será anunciada na quarta-feira. A expectativa majoritária é de manutenção dos juros, mesmo com o presidente Donald Trump intensificando a pressão sobre o Fed para um corte nas taxas. A disparada recente dos preços do petróleo deve reduzir ainda mais as chances de flexibilização da política monetária no curto prazo.
Os contratos futuros das bolsas de Nova York também operam em alta, recuperando parte das perdas da sexta-feira, quando o Dow Jones caiu mais de 700 pontos. Por volta das 6h, os futuros do Dow Jones subiam 0,48%, os do S&P 500 avançavam 0,57% e os do Nasdaq ganhavam 0,66%.
O avanço dos mercados ocorre mesmo com o aumento das tensões no Oriente Médio. Israel e Irã trocaram ataques durante o fim de semana, com ambos mirando instalações de energia. O Irã chegou a sinalizar a possibilidade de fechar o Estreito de Ormuz, rota crucial para o mercado global de petróleo.
Na semana passada, o preço do petróleo acumulou alta de 13%, com uma disparada de mais de 7% na sexta-feira, o maior salto diário desde março de 2022. Nesta manhã, o barril do WTI subia 0,7%, cotado a US$ 73,50, e o Brent avançava 0,46%, a US$ 74,57.