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Bradesco supera consenso e lucra R$5,9 bilhões no primeiro trimestre

O retorno sobre patrimônio líquido (ROE) do Bradesco foi de 14,4%, superando estimativas do Itaú BBA e do UBS

Bradesco lucra R$5,9 bilhões no primeiro trimestre, acima do consenso (Eduardo Frazão/Exame)

Bradesco lucra R$5,9 bilhões no primeiro trimestre, acima do consenso (Eduardo Frazão/Exame)

Juliana Alves
Juliana Alves

Repórter de mercados

Publicado em 7 de maio de 2025 às 20h37.

O Bradesco (BBDC4) teve lucro líquido recorrente de R$ 5,864 bilhões no primeiro trimestre de 2025, uma alta de 39,3% na comparação anual, de acordo com o balanço divulgado nesta quarta-feira, 7. O dado ficou acima do esperado pelo consenso Bloomberg, que era de R$ 5,3 bilhões.

O retorno sobre patrimônio líquido (ROE) do Bradesco, que indica a capacidade do banco de rentabilizar seu capital, foi de 14,4%, um avanço de 4,2 pontos percentual (p.p.) em 12 meses e de 1,7 p.p. frente a trimestre passado. O ROE superou as estimativas do Itaú BBA e do UBS, que era de 13,2%.

A receita total do banco foi de R$32,3 bilhões no primeiro trimestre, resultado dentro das expectativas dos analistas. O número representa um crescimento de 15,3% na comparação anual.

A margem financeira chegou a R$ 17,2 bilhões no trimestre, uma alta 13,7% na comparação anual.

A margem com clientes, atingiu R$ 16,8 bilhões, um avanço de 4% na comparação com o primeiro trimestre de 2024 e um avanço de 15% na comparação anual, impulsionada pelo aumento da carteira de crédito e da taxa média, que saiu de 8,4% no trimestre anterior para 8,6% no primeiro trimestre de 2025.

A margem com mercado foi de R$ 462 milhões no primeiro trimestre, em razão da proteção dos resultados de ALM em contexto de alta da taxa Selic. O resultado foi uma queda de 26,6% em comparação com o primeiro trimestre de 2024.

O índice de inadimplência acima de 90 dias foi de 4,1%, o que demonstra uma queda de 0,9 p.p. na comparação anual e uma melhora de 0,1 p.p. na trimestral.

As provisões com devedores duvidosos (PDD) aumentou 2,4% em comparação com o trimestre anterior, mas caiu 2,2% em comparação com o primeiro trimestre de 2024.

O guidance anual de 2025 foi de 4% a 8% na carteira de crédito expandida, que ultrapassou a marca de um trilhão de reais, crescendo 12,9% na comparação anual e 2,4% na comparação trimestral. O Bradesco também reportou aumento da carteira de crédito da taxa média: de 8,4% no último trimestre para 8,6% no primeiro trimestre de 2025.

Agências fechadas

Em março de 2025, o Bradesco tinha 721 agências bancárias, uma redução de 10% em comparação com março de 2024.

“Notavelmente, o banco parece estar substituindo parte do quadro de funcionários das agências por especialistas em TI, à medida que continua investindo em sua plataforma tecnológica”, observam os analistas do UBS.

As despesas operacionais aumentaram 12,3% na comparação anual, acima do esperado do UBS, que era de 10%. em linha com o esperado. Se desconsiderar o aumento de participação na Cielo e a aquisição de 50% do Banco John Deere, as despesas cresceriam 8,8% na comparação anual.

“O Bradesco deve reportar melhora nos lucros bancários e na dinâmica de crédito, mas temos menos confiança na sustentabilidade desses resultados”, avaliaram os analistas do Itaú BBA antes da divulgação do balanço.

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