Repórter
Publicado em 24 de maio de 2025 às 14h45.
Última atualização em 24 de maio de 2025 às 16h23.
A Novonor, antiga Odebrecht, confirmou na noite desta sexta-feira, 23, o recebimento de uma proposta para a aquisição de sua participação na Braskem (BRKM5).
Atualmente, a Novonor detém 50,1% das ações com direito a voto. A oferta foi feita por um veículo investimento controlado pelo empresário Nelson Tanure e está em processo de análise, sujeita às condições usuais em negociações dessa natureza.
O restante da participação acionária da Braskem está sob controle da Petrobras. Qualquer alteração no controle acionário da petroquímica dependerá também de negociações com os principais bancos credores: Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e BNDES.
Em nota enviada à EXAME, Tanure afirmou que "a proposta apresentada pelo fundo Petroquímica Verde tem como objetivo contribuir com a estabilidade e o futuro dessa companhia estratégica para o Brasil e com enorme potencial de crescimento".
“Nosso compromisso é com o longo prazo, com a indústria nacional e com a construção de uma Braskem ainda mais forte, inovadora e alinhada aos desafios da nova economia. Seus fundadores, a família Odebrecht, a conduziram ao longo de mais de 20 anos e a alçaram à posição de sexta maior petroquímica do mundo. Nós acreditamos que ela tem potencial para alcançar a quarta posição. E o que é mais importante: pode se tornar a primeira petroquímica verde", diz a nota.
A Braskem encerrou o primeiro trimestre deste ano com uma dívida líquida de US$ 6,6 bilhões, cifra 25% maior que a registrada no mesmo período de 2024, o que acrescenta desafios à negociação e à avaliação dos riscos pelos investidores.
As ações da Braskem fecharam a sexta em alta de 9,15%, cotadas a R$ 11,09, com os investidores reagindo positivamente à notícia da oferta, divulgada primeiro pelo colunista Lauro Jardim, do Jornal O Globo.