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BRF-Marfrig: Cade aprova Minerva como terceira interessada

Embora a Superintendência-Geral do Cade já tenha aprovado a operação sem restrições, o processo ainda está aberto para manifestação do Tribunal

Minerva: empresa destaca seu papel como fornecedora de matéria-prima para ambas as empresas envolvidas na fusão (Mohssen Assanimoghaddam/Getty Images)

Minerva: empresa destaca seu papel como fornecedora de matéria-prima para ambas as empresas envolvidas na fusão (Mohssen Assanimoghaddam/Getty Images)

Publicado em 12 de junho de 2025 às 19h53.

A Minerva solicitou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para ser habilitada como terceira interessada no processo que analisa a fusão entre a BRF e a Marfrig, pedido que foi aceito pelo órgão antitruste nesta quinta-feira, 12.

Embora a Superintendência-Geral do Cade já tenha aprovado a operação sem restrições, o processo ainda está aberto para manifestação do Tribunal do Cade, que poderá revisar a decisão.

Em seu pedido, a Minerva apresenta três argumentos principais. O primeiro diz respeito à concentração no mercado de produtos processados, setor no qual a empresa também atua. A Minerva cita um precedente de 2014, quando uma transação envolvendo a BRF e a própria Minerva gerou a imposição de remédios antitruste, e acredita que a fusão atual poderia ter impactos semelhantes.

Além disso, a Minerva destaca seu papel como fornecedora de matéria-prima para ambas as empresas envolvidas na fusão. A companhia argumenta que a transação pode aumentar o poder de mercado de seus concorrentes, afetando sua posição no setor.

A Minerva aponta, ainda, um potencial conflito de interesse, já que a SALIC, fundo saudita, é acionista de ambas as empresas. A companhia vê essa situação como uma ameaça à concorrência, pois pode gerar um alinhamento estratégico entre as duas gigantes do setor de alimentos.

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