Redatora
Publicado em 30 de junho de 2025 às 08h06.
Esta segunda-feira, 30, marca o início de uma semana intensa para os mercados, com a divulgação de indicadores importantes no Brasil, movimentações no Congresso e negociações comerciais no cenário internacional.
Por aqui, o destaque da manhã é a divulgação do Boletim Focus, às 8h25, seguida das estatísticas fiscais do setor público consolidado de maio, às 8h30, pelo Banco Central. Às 9h, o BC ainda publica dados sobre títulos de dívida.
No campo político, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa nesta manhã do lançamento do Plano Safra para Agricultura Familiar 2025/2026, em evento no Palácio do Planalto. A medida inaugura uma série de compromissos do Executivo ao longo da semana, que incluem o lançamento do Plano Safra geral na terça-feira, viagens a Salvador e Buenos Aires e uma visita à Reduc, no Rio, na sexta.
Às 10h15, a FGV divulga o Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br). No mesmo horário, a CNI divulga os resultados setoriais do Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) de junho.
O mercado de trabalho também estará em evidência com a divulgação do Caged de maio, às 14h30, seguida de entrevista do ministro Luiz Marinho. No mesmo horário, o BC divulga os resultados da pesquisa Firmus, que capta a percepção das empresas sobre o cenário econômico.
Nos Estados Unidos, a agenda da semana será marcada por dados do mercado de trabalho, com expectativa elevada para o relatório de empregos (payroll), que será divulgado na quinta-feira, 3. Nesta segunda, 30, o foco está nos discursos dos presidentes regionais do Fed: Raphael Bostic fala às 11h, e Austan Goolsbee às 14h.
Outro ponto de atenção é o início, hoje, dos debates no Senado americano sobre um pacote de corte de impostos e aumento de gastos proposto pelo presidente Donald Trump. O projeto enfrenta resistências dentro do próprio Partido Republicano, mas o governo trabalha para aprovar a medida até o feriado de 4 de julho.
No domingo, 29, o governo do Canadá anunciou que revogará o imposto sobre serviços digitais, em uma tentativa de salvar as negociações comerciais com os EUA. A medida, que entraria em vigor nesta segunda, geraria bilhões em arrecadação sobre empresas de tecnologia americanas. Com a suspensão, o governo canadense pretende encaminhar uma nova legislação ao Parlamento e retomar as conversas com a Casa Branca em busca de um acordo comercial abrangente.
Na Europa, a presidente do BCE, Christine Lagarde, discursa às 16h na abertura do Fórum de Sintra, que ao longo da semana reunirá os principais nomes dos bancos centrais globais, incluindo Jerome Powell (Fed), Kazuo Ueda (BoJ) e Andrew Bailey (BoE).
As bolsas da Ásia encerraram a sessão desta segunda-feira, 30, sem direção única, em meio à divulgação de dados industriais e à expectativa por estímulos adicionais na China. O índice CSI 300, da China continental, avançou 0,37%, mesmo após o PMI industrial indicar contração pelo terceiro mês seguido. Já o Hang Seng, de Hong Kong, recuou 0,87%.
No Japão, o Nikkei 225 subiu 0,84% e renovou máxima em quase um ano, enquanto o Topix teve alta de 0,43%. Na Coreia do Sul, o Kospi avançou 0,52%, e o Kosdaq ficou estável. O S&P/ASX 200, da Austrália, fechou em alta de 0,33%.
Na Europa, os mercados operavam com leve viés negativo por volta das 7h40 (de Brasília): o DAX recuava 0,08%, o CAC 40 caía 0,03%, o FTSE 100 cedia 0,07% e o Stoxx 600 tinha queda de 0,11%.
Os futuros de Nova York apontavam para uma abertura positiva: Dow Jones +0,48%, S&P 500 +0,45% e Nasdaq 100 +0,68%, em meio ao alívio nas tensões comerciais após o Canadá revogar o imposto sobre serviços digitais.