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CVM faz acordo de R$ 4 mi com Triunfo Holding

Companhia foi investigada por suposto uso de informação privilegiada na negociação de ações da Triunfo Participações e Investimentos (TPI)


	Triunfo Participações: investigação da xerife do mercado de capitais tratava de aquisições de papéis realizadas pela companhia entre 2008 e 2009
 (Divulgação)

Triunfo Participações: investigação da xerife do mercado de capitais tratava de aquisições de papéis realizadas pela companhia entre 2008 e 2009 (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2013 às 20h10.

Rio - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou uma proposta de acordo de R$ 4 milhões apresentada pela Triunfo Holding Participações S.A. e Antonio José Monteiro de Queiroz, investigados por suposto uso de informação privilegiada (insider trading) na negociação de ações da Triunfo Participações e Investimentos (TPI). O acerto evita que o caso vá a julgamento pelo colegiado da autarquia.

Segundo a CVM, o valor corresponde ao dobro do lucro supostamente obtido, por cada um, em aquisições de ações da TPI. A Triunfo Holding é a acionista controladora da TPI com 51,1% das ações; Queiroz foi acusado como conselheiro da companhia. A investigação da xerife do mercado de capitais tratava de aquisições de papéis realizadas por eles entre 2008 e 2009.

Ambos tinham conhecimento de operações em estudo pela companhia, que tinha contratado o Credit Suisse para avaliar um aumento de capital e o Banco Votorantim, para analisar a possível venda de ativos. O objetivo era levantar recursos para fazer frente aos investimentos que seriam assumidos para a exploração da concessão do Corredor Ayrton Senna/Carvalho Pinto. Em abril de 2009, a empresa acabou excluída da concorrência, por não ter conseguido apresentar garantias à operação.

A CVM identificou negociações de papéis pela Triunfo e Queiroz no mesmo período. Pelos cálculos da autarquia, o ganho obtido pela Triunfo teria sido de R$ 3 milhões e o de Queiroz R$ 335 mil, com base na cotação verificada em 25 de maio de 2009, quando outra empresa foi declarada vencedora da concorrência.

Em 2011, Queiroz e a Triunfo Holding apresentaram à CVM uma proposta de termo de compromisso de R$ 200 mil cada para evitar a instauração do processo, mas a autarquia não aceitou.

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