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Deutsche recomenda bancos em cenário de juros subindo

Segundo analistas, panorama do setor bancário sugere que o momento é favorável para comprar ações das instituições


	Operador da Bolsa de São Paulo: números do BC mostram um crescimento estável no volume de concessão de crédito, bem como melhora na qualidade dos ativos dos bancos
 (Marcos Issa/Bloomberg)

Operador da Bolsa de São Paulo: números do BC mostram um crescimento estável no volume de concessão de crédito, bem como melhora na qualidade dos ativos dos bancos (Marcos Issa/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 27 de março de 2014 às 16h40.

São Paulo - O panorama do setor bancário revelado pela Nota de Política Monetária e Operações de Crédito, divulgada ontem pelo Banco Central (BC), sugere que o momento é favorável para comprar ações de bancos, segundo analistas do Deutsche Bank. Os papéis de Itaú Unibanco e Bradesco são os preferidos, de acordo com relatório do Deutsche enviado a clientes.

Os números apresentados pelo BC mostram um crescimento estável no volume de concessão de crédito, bem como a melhora na qualidade dos ativos dos bancos, enquanto, ao mesmo tempo, as taxas de juros seguem subindo. “Achamos que essas tendências devem favorecer os grandes bancos privados”, dizem os analistas Tito Labarda e Mario Pierry.

Itaú Unibanco e Bradesco são as ações para as quais os analistas veem mais potencial, com recomendações de compra e manutenção, respectivamente. Quanto aos outros papéis, o Deutsche adota uma postura “mais seletiva, dado que o ambiente macroeconômico ainda é desafiador”.

Números do BC

A concessão de crédito no país cresceu 14,7% em fevereiro, na comparação com o mesmo mês de 2013. Houve uma leve queda em relação a janeiro, quando o crescimento foi de 14,8%. Os analistas do Deutsche observam, contudo, que esse ritmo, entre 14,6% e 14,8%, tem se mantido firme nos últimos cinco meses.

Os bancos públicos tiverem um crescimento de 22,7% na concessão de crédito no mês passado, com leve queda ante os 23% em janeiro. Já os bancos privados tiveram um crescimento bem menos intenso dos empréstimos, de 7,1% (contra 7,2% em janeiro).

As taxas de juros das operações de crédito cresceram, na média, 31,5%, chegando ao nível mais alto desde março de 2012.

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