Embraer: companhia divulga ajuste nos resultados do segundo trimestre de 2025 (Leandro Fonseca/Exame)
Repórter de finanças
Publicado em 6 de agosto de 2025 às 10h55.
A Embraer (EMBR3) reportou hoje que houve um erro da divulgação dos seus resultados do segundo trimestre. Em vez do prejuízo líquido ajustado, de R$ 53,4 milhões reportado ontem, a companhia na verdade teve um lucro de R$ 675 milhões.
De acordo com a companhia, o erro estava na linha do Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social Diferido. Ao invés de R$ 943,7 milhões, o ajuste foi de R$ 215 milhões de imposto diferido no segundo trimestre de 2025.
O que aconteceu, segundo a XP, foi um erro simples: a companhia acabou incluindo o imposto do primeiro semestre de 2025 ao invés do segundo trimestre no ajuste.
O problema veio no resultado ajustado, divulgado junto com o release de resultados, em que as companhias normalmente tiram da conta fatores considerados não-recorrentes e que, por vezes acabam poluindo a última linha do balanço. O ITR, documento oficial entregue à Comissão de Valores Mobiliários, foi "publicado corretamente e não há qualquer ajuste a ser realizado”, ressaltou a empresa em fato relevante.
As correções não afetaram o resultado operacional da Embraer, que foi bem recebido pelo mercado. O EBIT ajustado cresceu de R$ 725,5 milhões para R$ 1,08 bilhão, um crescimento de 49%. A margem EBIT ajustada saiu de 9,2% para 10,6%.
A receita líquida da Embraer foi de R$ 10,3 bilhões, ante os R$ 7,85 bilhões reportados no mesmo período do ano anterior, uma alta de 31% – um recorde para o segundo trimestre.
A Embraer, individualmente, investiu um total de R$ 576,5 milhões no período, em comparação com R$ 507,9 milhões no segundo trimestre de 2024. As despesas de capital (Capex) totalizaram R$ 299,9 milhões (R$ 241,1 milhões no mesmo período do ano anterior).
O fluxo de caixa livre ajustado da Embraer foi de menos R$ 1 bilhão no segundo trimestre de 2025.
A Embraer manteve as estimativas de 2025, com entregas da Aviação Comercial entre 77 e 85 aeronaves, e entregas da Aviação Executiva entre 145 e 155 aeronaves. Em relação à receita, a companhia estima um valor entre US$ 7 e US$ 7,5 bilhões, com margem EBIT ajustada entre 7,5% e 8,3% e fluxo de caixa livre ajustado de US $200 milhões ou maior para o ano.