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Dólar cai 1% ante real após quatro altas consecutivas

A volatilidade cambial segue alta no Brasil, mesmo comparada com seus pares, e a tendência é que ela diminua


	Dólar: o Banco Central continua rolando os swaps cambiais que vencem em junho, vendendo a oferta total de até 8,1 mil contratos; até agora, a autoridade monetária rolou o correspondente a 8% do total
 (Dani Simmons/ Stock.XCHNG)

Dólar: o Banco Central continua rolando os swaps cambiais que vencem em junho, vendendo a oferta total de até 8,1 mil contratos; até agora, a autoridade monetária rolou o correspondente a 8% do total (Dani Simmons/ Stock.XCHNG)

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Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2015 às 13h22.

BNP Paribas estima valor justo do dólar em R$3 - O dólar recuava ante o real nesta terça-feira, à medida que investidores buscavam um nível de equilíbrio para a moeda após quatro sessões de avanço que vieram na sequência de semanas de quedas.

Às 11h54, a moeda norte-americana perdia 1,08 por cento, a 3,0648 reais na venda, depois de subir 5,44 por cento desde 27 de abril. Na máxima da sessão, a divisa atingiu 3,0925 reais e, na mínima, a divisa foi negociada a 3,0422 reais.

A divisa dos Estados Unidos também caía em relação a outras moedas emergentes importantes, o que corroborava o alívio no mercado doméstico.

"Em termos de fundamento, o dólar deveria oscilar um pouco acima de 3 reais, mas a volatilidade está muito alta. O mercado está procurando um nível para se assentar", destacou o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira.

O modelo cambial do BNP Paribas, por exemplo, estima o nível justo do câmbio, com base em indicadores econômicos como os termos de troca e o balanço de pagamentos, em 3,016 reais.

Considerando os níveis atuais do dólar, o banco não fez recomendações para posições cambiais.

O BNP ressaltou também que a volatilidade cambial segue alta no Brasil, mesmo comparada com seus pares, e que a tendência é que ela diminua.

De maneira geral, operadores concordam em relação aos fatores que devem guiar o câmbio nas próximas semanas: a perspectiva para a Selic, principalmente diante da ata do Copom a ser divulgada na quinta-feira; as condições do ajuste fiscal no Brasil; e expectativas sobre quando os juros começarão a subir nos EUA, que podem mudar com a divulgação do relatório de emprego do país na sexta-feira.

Nesta manhã, o Banco Central deu continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em junho, vendendo a oferta total de até 8,1 mil contratos. Até agora, a autoridade monetária rolou o correspondente a 787 milhões de dólares, ou cerca de 8 por cento do lote total, equivalente a 9,656 bilhões de dólares.

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