Mercados

Dólar cai e se aproxima de R$ 3,25 com otimismo sobre reformas

Às 10:35, a moeda americana recuava 0,11 por cento, a 3,2627 reais na venda, depois de ter recuado 0,31 por cento na véspera, para 3,2662 reais

Dólar: mercado está mais otimista com relação à tramitação das reformas do governo no Congresso (foto/Thinkstock)

Dólar: mercado está mais otimista com relação à tramitação das reformas do governo no Congresso (foto/Thinkstock)

R

Reuters

Publicado em 24 de maio de 2017 às 10h42.

São Paulo - O dólar trabalhava em queda nesta quarta-feira, aproximando-se do patamar de 3,25 reais, com os investidores apostando que a crise política envolvendo o presidente Michel Temer não vai impedir a tramitação das reformas estruturais, sobretudo a da Previdência, no Congresso Nacional.

Às 10:35, o dólar recuava 0,11 por cento, a 3,2627 reais na venda, depois de ter recuado 0,31 por cento na véspera, para 3,2662 reais. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 0,30 por cento.

"Está ganhando força no mercado a crença na solução através de eleição indireta com um nome de consenso, que deve manter a tramitação das reformas estruturais", afirmou o diretor da consultoria de valores mobiliários Wagner Investimentos, José Faria Júnior.

Temer é alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção passiva, organização criminosa e obstrução da Justiça, investigação aberta com base em acordo de delação fechado por Joesley Batista, do grupo JBS. Temer teve uma conversa gravada pelo empresário.

O presidente já negou que renunciará e uma possibilidade dele deixar o cargo seria por meio do julgamento de ação no Tribunal Superior eleitoral (TSE), que pode cassar a chapa Dilma Rosseff-Temer, marcado para 6 de junho.

A postura do governo também é de mostrar trabalho no Congresso e, na véspera, conseguiu impôr algumas votações, mesmo com dura resistência da oposição.

"O governo tenta ganhar alguma sobrevida, mas segue firme a análise de que Temer está com os dias contados", informou a corretora Guide em relatório.

A equipe econômica também vem assumindo o discurso de que as reformas vão andar, inclusive sem Temer. Na véspera, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que o Brasil vai continuar com sua agenda econômica independentemente "de qualquer coisa".

Diante da maior calmaria, o Banco Central brasileiro realizará leilão de até 8 mil swaps cambiais tradicionais --equivalentes à venda futura de dólares --para rolagem do vencimento de junho. Por enquanto, não anunciou leilão de novos swaps, como ocorreu nos três últimos pregões.

No exterior, o dólar operava em queda ante uma cesta de moedas e divisas de países emergentes, como o rand sul-africano e peso mexicano, em dia de expectativa pela ata do Federal Reserve, banco central norte-americano.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarMercado financeiroMoedas

Mais de Mercados

Cessar-fogo, Powell no Congresso e mudanças na gasolina: o que move o mercado nesta quarta-feira

Receita da Arábia Saudita com petróleo cai ao menor nível em quase quatro anos

Ações da Apple ficam para trás no grupo das Magníficas 7, mas aquisição bilionária pode mudar o jogo

Bolsas operam sem direção com investidores de olho em cessar-fogo entre Irã e Israel e sinais do Fed