(Canva)
Repórter de Mercados
Publicado em 14 de julho de 2025 às 17h05.
Última atualização em 14 de julho de 2025 às 17h37.
O dólar fechou com alta de 0,66% nesta segunda-feira, 14, cotado a R$ 5,584, depois de oscilar entre R$ 5,544 e R$ 5,593.
No cenário externo, investidores continuam atentos aos impactos do novo "tarifaço" anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que deve entrar em vigor em 1º de agosto. O Brasil foi o país mais afetado, com taxas de 50% sobre todos os seus produtos.
No sábado, Trump também anunciou tarifas de 30% sobre exportações do México e da União Europeia, que sinalizaram disposição para continuar as negociações para reduzir a taxa.
Por aqui, o vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que o governo federal editará o decreto que regulamenta a lei de reciprocidade econômica até terça-feira, 15. Alckmin disse que o governo continuará buscando reverter a taxação e que acionará a Organização Mundial do Comércio. No domingo, o presidente Lula se reuniu com ministros no Palácio da Alvorada para tratar do assunto.
O professor Denis Medina, da Faculdade do Comércio, afirma que apenas a possibilidade de haver tarifas já movimenta o mercado financeiro. “Com essa possibilidade, já temos menor entrada de dólares do que saída. Assim, é possível que o câmbio deprecie ainda mais enquanto não tiver uma definição clara se o governo brasileiro vai ou não buscar uma negociação”, explica.
No mercado interno, o IBC-BR, considerado a prévia do PIB, esteve no radar dos investidores. O índice teve queda de 0,7% em maio ante abril — bem pior do que a projeção do mercado. Paloma Lopes, economista da Valor Investimentos, classifica a queda como preocupante. “Somado a isso, vemos uma elevação da inflação e os impasses sobre o IOF”, afirma.
Em junho, o IPCA subiu 0,24%, acima do esperado. Nos últimos 12 meses, o índice acumula alta de 5,35%, estourando o teto da meta contínua, de 3%. Quanto ao imposto, na terça-feira, 15, representantes do Executivo e do Legislativo se reúnem em audiência de conciliação no STF, mediada por Alexandre de Moraes, em busca de uma solução para o impasse.
O dólar à vista é o valor negociado no mercado de câmbio para liquidação imediata, geralmente em até dois dias úteis. Esse tipo de câmbio é amplamente utilizado por empresas e instituições financeiras em operações de curto prazo, oferecendo uma cotação com base no valor real de mercado no momento da transação.
O dólar futuro é uma cotação projetada para contratos de compra e venda de dólares a serem liquidados em datas futuras. Esse tipo de dólar é negociado na Bolsa de Valores, permitindo que empresas e investidores se protejam contra a volatilidade cambial. A cotação do dólar futuro pode variar bastante, pois leva em consideração as expectativas do mercado sobre a economia.