Dólar: o vai e volta de informações embaralhou o rumo da moeda, que fechou a R$ 5,56 nesta quarta-feira (Designed by/Freepik)
Redação Exame
Publicado em 16 de julho de 2025 às 17h08.
O dólar fechou com leve alta de 0,07% nesta quarta-feira, 16, cotado a R$ 5,561, após oscilar entre R$ 5,541 e R$ 5,594. Investidores continuam apreensivos com a guerra comercial, que ganhou um novo capítulo no Brasil. No cenário internacional, as atenções se voltam para a possibilidade do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demitir o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell.
Mais cedo, o noticiário norte-americano estampava a notícia de que Trump poderia demitir Powell. Em entrevista, no entanto, o republicano desmentiu a informação, amortecendo a queda do real.
“A saída de Powell, combinada com as negociações comerciais, poderia sim criar mais volatilidade, aumentando as preocupações sobre a independência do Fed e o potencial de interferência política em questões-chave da economia. A decisão do presidente do Fed sobre os juros não é individual, e sim com muitos diretores e presidentes dos Feds regionais, que fazem parte do FOMC, o que traz mais conforto. No entanto, a indicação de um nome mais heterodoxo por parte de Trump, que não tenha a confiança do mercado, pode sim trazer de volta mais estresse aos ativos em geral”, explica Mauricio Garret, chefe da mesa de operações internacionais do Inter.
O mercado também acompanha a afirmação do ministro Alexandre de Morais, durante a sessão desta quarta, dizendo que irá enviar um ofício ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, solicitando esclarecimentos sobre a fala do advogado de Filipe Martins, Jeffrey Chiquini. O defensor afirmou que o governador poderia ter participado da mesma reunião no Palácio da Alvorada, na qual foi debatida a minuta golpista. A notícia foi dada pelo site Jota.
Além disso, na noite de terça-feira, o presidente Donald Trump voltou a subir o tom contra o Brasil. Após minimizar sua relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro, o republicano ordenou uma investigação sobre supostas práticas comerciais “desleais” por parte do Brasil.Enquanto isso, por aqui, os impasses sobre o IOF também seguem no radar após a audiência de conciliação no STF sobre o decreto ter terminado sem acordo. A decisão sobre manter ou não o decreto presidencial de Lula agora está nas mãos do relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes. “Após as manifestações, o ministro relator indagou se seriam possíveis concessões recíprocas que pudessem resultar na conciliação. Os presentes disseram que, apesar da importância do diálogo e da iniciativa desta audiência, preferiam aguardar a decisão judicial”, diz a ata da reunião.
Outro destaque nacional foi a pesquisa Quaest sobre a aprovação do governo Lula, que subiu para 43%.
O dólar à vista é o valor negociado no mercado de câmbio para liquidação imediata, geralmente em até dois dias úteis. Esse tipo de câmbio é amplamente utilizado por empresas e instituições financeiras em operações de curto prazo, oferecendo uma cotação com base no valor real de mercado no momento da transação.
O dólar futuro é uma cotação projetada para contratos de compra e venda de dólares a serem liquidados em datas futuras. Esse tipo de dólar é negociado na Bolsa de Valores, permitindo que empresas e investidores se protejam contra a volatilidade cambial. A cotação do dólar futuro pode variar bastante, pois leva em consideração as expectativas do mercado sobre a economia.