Mercados

Dólar opera volátil antes de dados de emprego dos EUA

Antevendo um comportamento instável do mercado nesta sexta-feira, o BC já antecipou ao mercado que faria às 9h30 leilão de até 40 mil contratos de swap cambial

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2013 às 10h52.

São Paulo - O dólar ante o real mostra-se volátil antes da divulgação dos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos e do leilão de swap cambial do Banco Central ambos ainda na manhã desta sexta-feira. No mercado à vista, o dólar abriu a R$ 2,2460 (-0,62%) e, até 9h22, registrou uma máxima de R$ 2,2520 (-0,35%).

Já o contrato de dólar futuro para agosto de 2013 estava em R$ 2,2625 (estável, após oscilar de R$ 2,2575 (-0,22%) a R$ 2,2655 (+0,13%). Esse vencimento da moeda norte-americana abriu a sessão a R$ 2,2590 (-0,15%).

Mais cedo, os dados de inflação no Brasil vieram divergentes. No caso do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), a alta de +0,76% em junho superou o resultado de +0,32% de maio.

O resultado ficou dentro do intervalo das projeções do mercado, de 0,58% a 0,81%, mas acima da mediana de 0,68%. Até o mês passado, o IGP-DI acumulou altas de 6,28% nos últimos 12 meses e de 1,85% no ano.

Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,26% em junho, abaixo da alta de 0,37% em Maio. O resultado ficou abaixo do piso do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam taxas entre 0,29% e 0,38% (mediana de 0,33%). Até o mês passado, o IPCA acumula altas de 3,15% no ano.

E, no período acumulado dos últimos 12 meses, a alta é de 6,70%, o que situa o indicador oficial de inflação no País acima do teto da meta de 4,5% estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), com margem de tolerância entre 2,5% e 6,5%.

Antes do anúncio desses índices de preços, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou em entrevista ao Bom Dia Brasil, da Rede Globo, que o governo federal fará um novo corte no Orçamento deste ano para garantir o cumprimento da meta do superávit primário de R$ 110,9 bilhões, ou 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB).


Ainda assim, alguns analistas do mercado financeiro tem dúvidas se essa economia poderá contribuir para o controle da inflação, porque não se sabe claramente de que maneira o governo conseguirá atingir essa redução de despesas, disse um analista.

Antevendo um comportamento instável do mercado nesta sexta-feira o Banco Central brasileiro já antecipou ao mercado que faria às 9h30 - mesmo horário da divulgação do payroll norte-americano - um leilão de até 40 mil contratos de swap cambial com ajuste pela Selic, para 1/11/2013 e 2/12/2013. O volume financeiro dessa oferta é de até US$ 2 bilhões.

Analistas preveem que os EUA criaram 160 mil novos empregos em junho, ante 175 mil vagas em maio. A projeção para a taxa de desemprego é de 7,5%, abaixo de 7,6% no mês anterior.

Se os resultados vierem em linha com as projeções, os investidores tendem a apostar na aproximação da mudança na política monetária norte-americana, o que poderia fortalecer o dólar, disse um operador de câmbio de um banco. Já se os números desapontarem, os mercados de moedas podem passar por ajustes.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarMoedas

Mais de Mercados

Bolsas globais operam no vermelho com tarifaço de Trump e quedas nas big techs

Mercado Livre deve avançar com IA após troca de comando, diz CEO

Ferrari amplia lucro no 2º trimestre apesar das tarifas, mas ações caem com reação do mercado

Vale vai distribuir US$ 1,45 bilhão em JCP no mês de setembro: quem terá direito?