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Dólar recua 0,39% com fluxo e volta ao patamar R$3,15

O futuro da política monetária dos Estados Unidos também era monitorado pelos investidores, com o dólar subindo ante uma cesta de moedas

Dólar: "Vimos fluxo exportador e financeiro e isso acabou descolando o dólar daqui do exterior" (Getty Images/Getty Images)

Dólar: "Vimos fluxo exportador e financeiro e isso acabou descolando o dólar daqui do exterior" (Getty Images/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 2 de outubro de 2017 às 17h19.

São Paulo - O dólar não sustentou a alta do início dos negócios e terminou a segunda-feira em queda e de volta ao nível de 3,15 reais, com algum fluxo de recursos deixando o cenário externo no segundo plano.

O dólar recuou 0,39 por cento, a 3,1552 reais na venda, depois de bater a mínima de 3,1516 reais. Na máxima, atingiu 3,1787 reais. O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,30 por cento.

"Vimos fluxo exportador e financeiro e isso acabou descolando o dólar daqui do exterior", resumiu um profissional da mesa de câmbio de uma corretora local.

Dessa forma, o cenário externo, que pressionou a moeda para cima em parte da manhã, acabou em segundo plano. Lá fora, predominava alguma cautela depois de a violenta votação pela independência na Catalunha alimentar a ansiedade sobre o risco político na zona do euro.

"O mercado monitora várias coisas: as chances maiores de alta de juros nos EUA..., o recuo do euro e a cena política local", resumiu mais cedo o sócio da Onnix Corretora, Vanderlei Muniz.

Nesta sessão, o euro recuava frente ao dólar, perto do seu nível mais baixo em seis semanas. O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, está enfrentando a maior crise constitucional do país em décadas após o referendo realizado na Catalunha no domingo abrir as portas para a região mais rica da Espanha decretar separação.

O futuro da política monetária dos Estados Unidos também era monitorado pelos investidores, com o dólar subindo ante uma cesta de moedas.

O mercado vem trabalhando com a perspectiva de que o Fed possa elevar novamente os juros neste ano, possivelmente em dezembro, mesmo que a inflação não atinja a meta de 2 por cento, como já indicou a chair do banco central, Janet Yellen.

Internamente, os investidores seguiam de olho nas negociações para barrar o andamento da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara dos Deputados.

O cenário político teve reforço da pesquisa Datafolha, que no final de semana mostrou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na frente da disputa para as eleições à Presidência em 2018.

O Banco Central brasileiro não anunciou qualquer intervenção para o mercado de câmbio. Não há vencimentos de swap cambial tradicional --equivalente à venda futura de dólares-- em novembro.

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