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Dólar segue movimento externo e sobe ante real

Às 12:25, o dólar avançava 0,34 por cento, a 3,2232 reais na venda, após ceder 0,81 por cento, a 3,2124 reais, no pregão passado

Dólar: investidores também estavam à espera do discurso da chair do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, Janet Yellen (AFP/AFP)

Dólar: investidores também estavam à espera do discurso da chair do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, Janet Yellen (AFP/AFP)

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Reuters

Publicado em 18 de janeiro de 2017 às 12h40.

São Paulo - O dólar operava em alta ante o real nesta quarta-feira, depois de ter recuado quase 1 por cento na véspera, em sintonia com a moeda norte-americana no exterior e diante da cautela com a proximidade da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, marcada para sexta-feira.

Os investidores também estavam à espera do discurso da chair do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, Janet Yellen, no início desta noite.

Às 12:25, o dólar avançava 0,34 por cento, a 3,2232 reais na venda, após ceder 0,81 por cento, a 3,2124 reais, no pregão passado. Na máxima do dia, a moeda norte-americana marcou 3,2314 reais. O dólar futuro subia cerca de 0,3 por cento.

"O mercado está propenso à alta do dólar por causa da possibilidade de maior risco à frente, há um movimento de hedge pelos investidores", destacou o operador da Ourominas Corretora Maurício Gaioti, referindo-se ao futuro presidente norte-americano.

Desde que Trump foi eleito, os agentes econômicos passaram a temer mais chances de altas maiores nos juros dos Estados Unidos, já que em sua campanha ele prometeu gastos maiores em infraestrutura e cortes de impostos, características de uma política econômica inflacionária.

Se esse cenário se confirmar, o dinheiro aplicado em outros países como o Brasil poderá se endereçar aos Estados Unidos, de olho nos juros mais elevados em ambiente de menor risco.

No exterior, o dólar subia ante uma cesta de moedas e divisas emergentes, como o peso mexicano, rand sul-africano e lira turca MTRY=>.

Pesquisa Reuters publicada nesta manhã mostrou que as promessas de Trump são o principal risco ao crescimento, mostrando que os economistas não compartilham da exuberância mostrada no mercado desde a eleição em novembro.

Durante a maior parte de sua campanha, e após a vitória, Trump prometeu fazer mudanças nas políticas comercial e de imigração dos EUA, ameaçou adotar pesadas tarifas sobre as importações chinesas e propôs fortes cortes tributários.

Internamente, a alta do dólar ante o real era contida por causa do novo leilão de swap cambial tradicional --equivalente à venda futura de dólares-- que o Banco Central fez pela manhã.

Foi o segundo leilão para rolagem dos contratos que vencem em fevereiro e que terminou com a venda de todos os 12 mil contratos.

"Com o swap, o BC mandou o recado de que está vigilante em relação ao câmbio e isso ajuda a segurar as cotações", disse Gaiti.

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