Agência de notícias
Publicado em 4 de setembro de 2025 às 13h28.
Última atualização em 4 de setembro de 2025 às 14h10.
O assessor econômico do presidente Donald Trump, nomeado para ocupar um cargo de governador no Federal Reserve (Fed), Stephen Miran, comprometeu-se a respeitar a independência do banco central americano, o Federal Reserve (Fed), caso seja ratificado, em uma audiência de confirmação nesta quinta-feira, 4, no Senado.
Se Miran for designado para ocupar um cargo no Fed, ele poderá participar da próxima reunião nos dias 16 e 17 de setembro para fixar as taxas de juro que Trump insiste em pedir para serem reduzidas.
"O Comitê Federal de Mercado Aberto é um grupo independente com uma tarefa monumental, e estou decidido a preservar sua independência", declarou Miran diante dos senadores. Miran, que dirige o conselho de assessores econômicos da Casa Branca, apontou que a missão mais importante de um banco central é evitar cair em depressão econômica ou hiperinflação. "A independência da política monetária é um elemento-chave para alcançar isso", disse.
Miran pode ocupar a vaga deixada por Adriana Kugler, nomeada durante a Presidência do democrata Joe Biden e que renunciou recentemente. A decisão de Trump de nomear seu assessor econômico colocou a oposição democrata em alerta, temendo que ele ceda às pressões da Casa Branca.
Trump também tenta nesses dias revogar o mandato da governadora Lisa Cook, também designada durante a Presidência de Biden.
Cook, a primeira mulher negra a integrar o Fed, recorreu à Justiça para permanecer em seu cargo. Desde que assumiu o poder em janeiro, Trump tem criticado repetidamente o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, por não ter reduzido as taxas de juro antes, chamando-o de "idiota".
Desde sua última redução em dezembro, o Fed manteve as taxas de juro em uma faixa entre 4,25% e 4,50%. No entanto, Powell abriu a possibilidade de uma redução de taxas na próxima reunião de política monetária do banco neste mês.