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ETF de Ibovespa vai ser negociado na bolsa de Shangai

Órgão regulador chinês autorizou a negociação do BOVV11, da Itaú Asset, na bolsa chinesa

Órgão regulador chinês autorizou a negociação do BOVV11, da Itaú Asset, na bolsa chinesa (Patrick Foto/Getty Images)

Órgão regulador chinês autorizou a negociação do BOVV11, da Itaú Asset, na bolsa chinesa (Patrick Foto/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 24 de outubro de 2025 às 18h23.

Última atualização em 24 de outubro de 2025 às 18h26.

O principal benchmark do mercado acionário brasileiro está prestes a receber uma onda de recursos chineses. O fundo de índice (ETF) BOVV11, que acompanha as principais ações do mercado acionário brasileiro, acaba de receber autorização para ser negociado na Shanghai Stock Exchange (SSE), abrindo uma ponte direta entre os investidores da segunda maior economia do mundo e o mercado local.

Segundo dados da Bloomberg, nos últimos cinco anos, o BOVV11 teve rentabilidade média de 11,90% ao ano em Renminbi (CNY), moeda da China. Somente em 2025, o retorno acumulado em CNY é de 35,19%, enquanto o S&P 500 teve 11,85%, indicando o quanto a bolsa brasileira pode ser atrativa para o capital chinês.

“Estamos honrados por obter essa aprovação e, com isso, termos a oportunidade de abrir as portas do mercado brasileiro para receber recursos de investidores chineses em um momento com boas perspectivas para os ativos brasileiros”, destaca Carlos Augusto Salamonde, líder da Diretoria de Gestão de Investimentos Globais do Itaú Unibanco, que recebeu autorização do regulador chinês para negociar o ETF.

O mercado acionário da China continental ultrapassou 100 trilhões de yuans, equivalente a R$ 73 trilhões, mais de seis vezes o PIB do Brasil, reforçando o potencial do capital chinês para movimentar a bolsa brasileira.

A iniciativa é resultado da parceria entre Itaú Asset, maior gestora privada da América Latina, e E-Fund, maior gestora da China. A negociação do BOVV11 em Shangai deve começar nas próximas semanas, oferecendo aos investidores chineses acesso direto às mais de 80 empresas mais negociadas da bolsa brasileira, em diversos setores da economia.

  

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