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Exxon-Mobil "volta à realidade" com lucro de US$ 8,2 bilhões

Empresa atribuiu grande parte do declínio à queda dos preços do gás natural

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter

Publicado em 26 de abril de 2024 às 11h10.

A Exxon-Mobil registrou um lucro de US$ 8,2 bilhões no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 28% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Isso aconteceu principalmente porque as margens do setor e os preços de energia caíram em relação aos níveis pós-pandemia. Wall Street esperava um recuo de 6%, de acordo com a FactSet.

Segundo o Wall Street Journal, mesmo assim, a Exxon se mantém como uma das empresas mais lucrativas dos EUA. Apenas para se ter uma ideia: esse lucro de US$ 8,2 bilhões, considerado "fraco" em relação a comparações anteriores, foi o segundo maior resultado da companhia na última década para um primeiro trimestre.

Momento da energia

O fornecimento de petróleo e gás estabilizou-se em grande parte desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022, e alguns analistas dizem que empresas como a Exxon – a maior refinaria de petróleo do mundo ocidental – terão de provar que conseguem manter os custos baixos e a produção elevada

A Exxon atribuiu grande parte do declínio à queda dos preços do gás natural e à redução das margens de lucro para a produção de combustível. A empresa compensou parte do declínio, uma vez que a produção de petróleo aumentou mais rapidamente do que o previsto no seu empreendimento na Guiana e que suas refinarias produziram uma quantidade recorde de combustível no primeiro trimestre.

As suas operações petrolíferas geraram US$ 1 bilhão, acima das expectativas dos analistas. Os ajustes no balanço patrimonial contribuíram significativamente para a perda de lucros.

Os preços do petróleo subiram 17% este ano, empurrando o preço das ações da Exxon para um máximo histórico em abril. A empresa, inclusive, superou o valor de mercado da Tesla no início deste mês.

Ainda segundo o WSJ, a Exxon deu prioridade aos pagamentos de dividendos aos investidores em detrimento de possíveis novos projetos para os primeiros três meses do ano. Cortou investimentos em 8,5% em relação ao mesmo período do ano anterior ao mesmo tempo que aumentou os dividendos e as recompras de ações coletivamente para US$ 6,8 bilhões.

“Estamos fazendo grandes progressos em nossos planos para aumentar o poder de geração de lucros de nossos negócios”, disse o CEO Darren Woods.

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