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GOL tem maior alta do Ibovespa em abril, e Oi despenca 31%

Índice da bolsa de São Paulo encerrou o mês com alta de 2,4%, a segunda mensal consecutiva


	Avião da GOL Linhas Aéreas: papel da companhia aérea teve sua maior alta mensal desde outubro de 2011
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Avião da GOL Linhas Aéreas: papel da companhia aérea teve sua maior alta mensal desde outubro de 2011 (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2014 às 18h55.

São Paulo - O Ibovespa encerrou abril com valorização de 2,4 por cento, seu segundo ganho mensal consecutivo.

Veja as ações que foram destaque de alta e baixa no acumulado do mês:

Maiores Altas:

GOL: +30,62%

O papel da companhia aérea teve sua maior alta mensal desde outubro de 2011, favorecido por uma sucessão de dados operacionais positivos. Na segunda-feira, a Gol informou que a demanda por voos disparou 15 por cento no primeiro trimestre, enquanto a receita por passageiro medida pelo Prask subiu 18 por cento na comparação com igual período do ano passado.

"Os dados de março refletem o que tem sido a estratégia da empresa para atuar num cenário macroeconômico mais desfavorável com baixo crescimento e dólar elevado... O foco tem sido reduzir o número e os destinos dos voos, fazendo com que a oferta diminua, o que, com a demanda ainda forte, possibilita melhoras nas margens", disse o analista Lenon Borges, da Ativa Corretora.

Santander: +18,54%

As units do Santander Brasil concentraram alta nos dois últimos pregões de abril, quando acumularam valorização de 16,95 por cento, reagindo ao anúncio de que a matriz do banco espanhol vai fazer oferta voluntária pela participação de 25 por cento que ainda não possui da unidade brasileira.

O Santander ofereceu a investidores um prêmio de 20 por cento sobre o preço de fechamento dos papéis na véspera do anúncio, o que fez as units na Bovespa se ajustarem para perto do valor oferecido.

Eletrobras: +17,88% : +15,90%

As ações ordinárias da Eletrobras registraram a quarta maior alta mensal do Ibovespa em abril e as preferenciais a sexta, enquanto o índice do setor elétrico subiu 4,05 por cento, mais que o Ibovespa.


A estatal, considerada alvo de intervenção excessiva do governo federal, foi beneficiada pelo segundo mês consecutivo por pesquisas eleitorais que mostraram queda da aprovação e das intenções de voto na presidente Dilma Rousseff, como a divulgada pela Confederação Nacional do Transporte nesta semana.

Maiores Baixas

Oi: -31,41%

A ação preferencial da Oi encabeçou a lista das maiores desvalorizações do Ibovespa pelo segundo mês consecutivo. As ações da operadora já haviam despencado em março, em meio a incertezas sobre a oferta de ações da companhia, essencial para a reduzir seu endividamento no contexto da fusão com a Portugal Telecom.

A oferta foi bem sucedida, movimentando 13,95 bilhões de reais, mas também fez as ações se ajustarem ainda mais para baixo nos últimos dois pregões de abril, aproximando-se do preço fixado de 2 reais, no piso da faixa indicativa, de 2 a 2,30 reais.

Usiminas: -14,76%

A ação da Usiminas teve a segunda maior queda do Ibovespa, em meio à tendência de desaceleração da economia da China e projeções modestas de executivos para o desempenho no segundo trimestre.

A siderúrgica teve no primeiro trimestre seu maior lucro líquido desde o final de 2010, mas os números foram ofuscados por projeções pouco otimistas para os preços de aço, a produção e a demanda no mercado interno.

Além disso, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidiu que a Companhia Siderúrgica Nacional tem que reduzir sua participação acionária na Usiminas, adquirida em 2011. O anúncio prejudicou a ação da Usiminas diante do entendimento do mercado de que a venda da fatia da CSN pressiona o papel para baixo.

Suzano: -13,25%

As ações de Suzano tiveram a terceira maior queda do índice, enquanto a rival Fibria acumulou perda de 12,01 por cento. "O setor de papel e celulose está passando por uma fase em que o preço da fibra sobe e as empresas não podem repassar o preço, pois a oferta está grande e a demanda continua inferior", disse o analista Henrique Kleine, da Magliano Corretora.

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