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Suzano (SUZB3) ganha 'compra' de Goldman Sachs e lidera altas no Ibovespa

Banco deixou de lado visão mais conservadora que mantinha desde 2021 e vê empresa como a preferida para recuperação do preço de celulose

Suzano: banco elevou preço-alvo para R$ 65, embutindo um prêmio de 23%  (SOPA Images/Getty Images)

Suzano: banco elevou preço-alvo para R$ 65, embutindo um prêmio de 23% (SOPA Images/Getty Images)

Juliana Alves
Juliana Alves

Repórter de mercados

Publicado em 13 de junho de 2025 às 13h04.

Última atualização em 13 de junho de 2025 às 13h10.

A Suzano (SUZB3) lidera as altas do Ibovespa após a revisão do Goldman Sachs, que elevou sua recomendação de ‘neutra’ para ‘compra’. O banco ajustou o preço-alvo da ação para R$ 65, implicando um potencial de valorização de 22,8% ante o fechamento desta quinta-feira, 12. Anteriormente, o preço-alvo estava em R$ 63. Por volta das 12h15 (horário de Brasília), os papéis da companhia registravam uma alta de 3,06%.

O banco mantinha-se conservador em relação à ação desde 2021, quando iniciou a cobertura. Agora, a Suzano é o nome preferido do time para ter exposição a uma eventual recuperação do preço da celulose.

O entendimento mais conservador era porque os analistas do banco já previam um ciclo de preços de celulose desafiador e prolongado e, mais recentemente, uma concorrência cada vez maior com o fornecimento doméstico da China.

Agora, embora ainda haja um ciclo de preços da celulose mais baixo, os analistas Marcio Farid, Henrique Marques e Emerson Vieira preveem uma recuperação cíclica no setor até o final de 2025.

Atualmente, os preços da celulose estão próximos do custo marginal, e o câmbio se depreciou 11% no ano. A expectativa é de que os preços se estabilizem entre US$ 560 e US$ 600 por tonelada nos próximos anos, após uma queda no início de 2025.

"Vemos os preços atuais da celulose como insustentáveis ​​(mais próximos da extremidade inferior de uma faixa de ciclo, com o preço spot a US$ 500/t vs. ciclo "normalizado" a US$ 500-650/t). Embora possa levar alguns meses para uma recuperação cíclica, o histórico sugere que as ações têm um bom desempenho em uma tendência de alta, e vemos um risco limitado de queda no preço da celulose e nas ações a partir de agora", escreveram os analistas.

O banco revisou suas projeções de EBITDA e lucro líquido para os próximos anos, ajustando-as para baixo em 8% em 2025 e 3% em 2026. As estimativas de receita e lucro foram recalculadas para refletir o impacto da diminuição dos preços da celulose e um crescimento mais moderado.

Apesar dos desafios, como a crescente concorrência da China e as pressões nos preços da celulose, a Suzano continua com avaliação atraente, negociando entre 15% a 17% de rendimento de fluxo de caixa livre (FCF) e 5,4 vezes a 4,6 vezes EV/EBITDA em 2026-2027, em comparação com a média histórica de 10% de FCF e 6,5 vezes EV/EBITDA.

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