Redatora
Publicado em 27 de maio de 2025 às 10h31.
Última atualização em 27 de maio de 2025 às 15h01.
Num dia de maior liquidez, com a volta dos negócios em Wall Street depois do feriado da segunda-feira, 26, o Ibovespa opera em alta firme – puxado tanto pelo otimismo dos mercados internacionais, quanto por dados domésticos.
Por volta das 14h57, o índice registrava alta de 1,09%, aos 139.637 pontos, voltando a flertar com o patamar dos 140 mil.
Dá força ao índice a prévia da inflação oficial no Brasil, que desacelerou bastante em maio, dando combustível à tese de um fim de corte de juros pelo Copom.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,36% no mês, abaixo da taxa de 0,43% registrada em abril, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 27, pelo IBGE.
O resultado representa a menor variação para um mês de maio desde 2020, quando houve deflação de 0,59% nos primeiros meses da pandemia de covid-19. Em 12 meses, o índice acumula alta de 5,40%, levemente abaixo dos 5,49% registrados até abril. No acumulado de 2025 até maio, a inflação está em 2,80%.
A principal contribuição para o IPCA-15 de maio veio da energia elétrica, que subiu 1,68% e teve impacto de 0,06 ponto percentual no índice geral.
A agenda doméstica desta terça-feira também inclui uma série de eventos com potencial de impacto no mercado.O BC também realiza um leilão de linha para rolagem de US$ 1 bilhão, entre 10h30 e 10h35.
No Congresso, duas comissões importantes — a Comissão Especial do Imposto de Renda e a Comissão de Finanças da Câmara — promovem audiências públicas com representantes da Receita Federal e do Tesouro Nacional.
Lá fora, o dia é de agenda esvaziada, com destaque apenas para o índice de confiança do consumidor nos Estados Unidos, que subiu de 85,7 em abril para 98 em maio, acima da previsão de analistas. Com a volta do feriado do Memorial Day, os investidores norte-americanos retomam as negociações após o presidente Donald Trump adiar para 9 de julho o aumento das tarifas sobre produtos europeus.
Os mercados globais operam em alta nesta terça-feira, 27, com os investidores reagindo à combinação de dados econômicos positivos na Ásia e na Europa e à trégua temporária nas tensões comerciais entre Estados Unidos e União Europeia.
Nos Estados Unidos, os índices futuros operam em forte alta após o fim do feriado da véspera. Às 14h59, os futuros do Dow Jones subiam 1,73%, enquanto S&P 500 e Nasdaq 100 avançavam 2,05% e 2,49, respectivamente.
Na Ásia, as bolsas fecharam sem direção única. No Japão, o Nikkei 225 subiu 0,51%, impulsionado pela queda nos rendimentos dos títulos do governo, em meio a expectativas de menor emissão de papéis de longo prazo.
O índice Hang Seng, de Hong Kong, avançou 0,39%, revertendo perdas iniciais, enquanto o CSI 300, da China, caiu 0,52%, apesar da aceleração nos lucros industriais em abril. O Kospi, da Coreia do Sul, recuou 0,27%, e o S&P/ASX 200, da Austrália, ganhou 0,56%.
Na Europa, por sua vez, os principais as principais bolsas fecharam em alta. O Stoxx 600 fechou em alta de 0,33%. O destaque do dia foi a divulgação de que a Alemanha ultrapassou o Japão como maior credor líquido do mundo em 2024, encerrando uma liderança japonesa de 34 anos. A inflação da França desacelerou em maio, e a confiança do consumidor alemão subiu pelo terceiro mês seguido, mesmo com sinais de cautela diante das incertezas econômicas.