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Ibovespa opera em queda com produção industrial e tarifas dos EUA no radar

Dólar também opera em queda, cotado nesta quarta a R$ 5,437, depois da moeda americana ter tido a terceira alta seguida ontem

B3: pregão em São Paulo reflete dia de liquidez reduzida com feriado nos EUA e indicadores no radar (Gustavo Scatena/B3/Divulgação)

B3: pregão em São Paulo reflete dia de liquidez reduzida com feriado nos EUA e indicadores no radar (Gustavo Scatena/B3/Divulgação)

Publicado em 3 de setembro de 2025 às 13h25.

Última atualização em 3 de setembro de 2025 às 13h26.

O Ibovespa opera nesta quarta-feira, 3, com leve queda de 0,25%, aos 139.984 pontos, por volta das 13h30. O principal índice da bolsa fechou a terça com nova queda 0,67%, aos 140.335 pontos.

A produção industrial de julho veio em linha com a expectativa do mercado, com recuo de 0,2%. Nos últimos 12 meses, o índice tem alta de 1,9%.

Nos Estados Unidos, acontece audiência entre representantes do Brasil e EUA, realizada pelo USTR, órgão ligado à Casa Branca que trata do comércio internacional. O encontro visa discutir a chamada Seção 301, que investiga, após pedido do presidente Donald Trump, se o Brasil tem práticas comerciais prejudiciais aos Estados Unidos. Isso pode abrir precedente de novas sanções tarifárias contra o Brasil.

O mercado internacional se move esta manhã aliviado após decisão de um juiz federal nos Estados Unidos permitindo que a Alphabet, grupo do Google, mantenha o controle tanto de seu navegador, o Chrome, como do sistema operacional móvel Android. A empresa vinha sofrendo pressão em caso antitruste em torno de ambos sistemas. As ações da empresa de tecnologia têm enorme peso na bolsa de Nova York.

Enquanto isso, no Brasil, o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro entra no segundo dia no STF.

No câmbio, o dólar caía 0,12%, cotado a R$ 5,467, às 13h30. A moeda americana teve três altas seguidas nos últimos dias.

Ibovespa hoje

  • Ibov: -0,25%, aos 139.984 pontos
  • Dólar: -0,12%, a R$ 5,467

No radar hoje

O dia começa com crescente preocupação fiscal na Europa. Há inquietação com a dinâmica da dívida de vários países, aponta o Deutsche Bank e outros bancos. Isso fez com que o rendimento dos títulos públicos do continente subisse.

As Treasures (títulos públicos) dos Estados Unidos também subiram na terça, com temores de interferência política no Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), após a judicialização da demissão de membro da autoridade monetária, Lisa Cook.

As taxas futuras de juros no Brasil fecharam a sessão com forte abertura dos vértices longos da curva com início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e possível nova retaliação americana ao país.

Essa retaliação poderia vir por iniciativa direta de Trump ou por meio de audiência (a chamada Seção 301) que acontece nos Estados Unidos, a pedido do presidente americano, entre representantes do Brasil e EUA, para avaliar possíveis práticas comerciais prejudiciais aos EUA.

Indicadores econômicos

Dados da produção industrial no país em julho saíram em linha com as expectativas nesta quarta. A queda no mês foi de 0,2%.

Em relação a julho de 2024, na série sem ajuste, houve expansão de 0,2%. O acumulado no ano foi de 1,1% e o dos últimos 12 meses chegou a 1,9%.

Segundo o IBGE, a atividade com mais influência negativa foi a metalurgia (-2,3%), que interrompeu dois meses consecutivos de crescimento na produção. Entre as onze atividades que mais mostraram avanço na produção, destaques para produtos farmoquímicos e farmacêuticos (+7,9%).

Mercados internacionais

Na Ásia, os principais mercados fecharam mistos nesta quarta-feira. O Hang Seng, de Hong Kong, recuou 0,60%. Já o CSI 300, que reúne as principais ações de Xangai e Shenzhen da China, a queda foi de 0,68%.

O índice japonês Nikkei 225 caiu 0,88%, e o Topix, baixa forte de 1,07%, motivado por incertezas políticas no Japão, após o secretário-geral do PLD (Partido Liberal Democrata), Hiroshi Moriyama, pedir renúncia pela derrota eleitoral em julho, não aceita pelo primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba. Na Coreia do Sul, o Kospi subiu a 0,38% e o Kosdaq fechou em alta de 0,35%.

Na Índia, o Nifty 50 subiu 0,55% e o Sensex, alta de 0,51%. O S&P/ASX 200, da Austrália, caiu 1,82%, com incertezas econômicas globais e dados do PIB mais forte do que o esperado pressionando a bolsa australiana.

Na Europa, as bolsas fecharam no campo positivo. O índice francês CAC 40 subiu 0,86%, enquanto o alemão DAX subiu 0,34%, o europeu Stoxx 600 avançou 0,66% e o britânico FTSE 100 teve alta de 0,66%.

Nos Estados Unidos, por volta das 13h30, o Dow Jones caía 0,34%, enquanto o S&P 500 subia 0,34% e Nasdaq avançava 0,97%.

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