Ibovespa: na véspera, o principal índice da bolsa brasileira fechou com leve alta de 0,14%, aos 133.151 pontos (Germano Lüders/Exame)
Redação Exame
Publicado em 6 de agosto de 2025 às 13h05.
Última atualização em 6 de agosto de 2025 às 14h20.
O Ibovespa opera em alta nesta quarta-feira, 6, e avança 1,38% por volta das 13h10, aos 134.985 pontos. O movimento ocorre em meio à queda do dólar, que recuava 0,51%, cotado a R$ 5,477 no mesmo horário.
Na véspera, o principal índice da bolsa brasileira fechou com leve alta de 0,14%, aos 133.151 pontos, enquanto os mercados americanos encerraram o dia no vermelho. O Dow Jones caiu 0,14%, o S&P 500 recuou 0,49% e o Nasdaq 100 teve baixa de 0,65%.
Nesta quarta, investidores acompanham os desdobramentos da entrada em vigor do novo tarifaço dos Estados Unidos contra o Brasil. A medida, formalizada por ordem executiva do presidente Donald Trump, eleva em 50% as tarifas sobre 95 categorias de produtos brasileiros. Embora a lista inclua itens como carnes, calçados e celulose, cerca de 700 produtos foram isentos, entre eles suco de laranja, combustíveis, aeronaves e alguns metais.
O cenário externo pressionado se soma à instabilidade política doméstica, marcada por protestos da oposição no Congresso e pela prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. Entretanto, a bolsa parece ignorar esses fatores e sobe mais de 1%.
No Brasil, às 14h30, o Banco Central divulga o fluxo cambial semanal. No mesmo horário, será publicado também o IC-Br, índice de preços ao produtor amplo do banco. Já às 15h, sai a balança comercial mensal, que será observada com atenção em meio aos impactos esperados do tarifaço.
Nos Estados Unidos, o Departamento de Energia (DoE) publicou os dados semanais de estoques de petróleo bruto. Os estoques de petróleo bruto nos EUA diminuíram em 3,03 milhões de barris na semana encerrada em 1º de agosto, ante o consenso de recuo de 1,1 milhão. Os estoques de gasolina caíram 1,323 milhão, frente o consenso de queda de 1 milhão.
Às 14h, o Tesouro americano realiza leilão de T-notes de 10 anos, enquanto os investidores monitoram declarações de dirigentes do Fed ao longo do dia: Susan Collins e Lisa Cook participam de evento às 15h, e Mary Daly, presidente da distrital de São Francisco, fala às 17h10.
A temporada de balanços corporativos segue movimentada. Antes da abertura em Nova York, foram divulgados os resultados de Walt Disney e McDonald’s. Após o fechamento, reportam Airbnb, DoorDash, Lyft e American International Group.
No Brasil, o Itaú repercute pela manhã o lucro de R$ 11,5 bilhões no segundo trimestre.
Após o fechamento, saem os balanços de Suzano (SUZB3), Eletrobras (ELET3), Braskem (BRKM5), C&A (CEAB3), Cogna (COGN3), Espaçolaser (ESPA3), Copel (CPLE6), Brava Energia (BRAV3), Guararapes (GUAR3), Hypera (HYPE3), Minerva (BEEF3), Santos Brasil (STBP3) e Totvs (TOTS3).
Os mercados globais operam sem direção única nesta quarta-feira, 6, em meio à repercussão das novas tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos e à divulgação de balanços corporativos. O presidente Trump afirmou que deve anunciar em breve medidas adicionais sobre chips e semicondutores, o que reacendeu temores de uma guerra comercial, especialmente com a China.
Na Ásia, os principais índices encerraram o pregão em alta, apesar do tombo de 50% no lucro operacional da montadora Honda no primeiro trimestre fiscal, pressionada pelas tarifas americanas sobre peças importadas. No Japão, o Nikkei 225 subiu 0,6%, o Topix avançou 1,02%. Na China, o Xangai Composto teve alta de 0,45%. Em Hong Kong, o Hang Seng ficou praticamente estável, com leve ganho de 0,03%.
Na Europa, os principais mercados fecharam em alta. O índice pan-europeu Stoxx 600, se destoou e caiu 0,09%, enquanto o DAX, de Frankfurt, subiu 0,26%, o CAC 40, de Paris, avançou 0,18%, e o FTSE 100, de Londres, ganhou 0,27%.
Por volta das 13h10, as bolsas de Nova York tinham leve alta: o S&P 500 subia 0,77%, o Dow Jones avançava 0,29% e o Nasdaq 100 ganhava 1,04%.