O principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, avançou depois que o resultado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) veio abaixo da expectativa do mercado: o mês de maio registrou alta de 0,26%, uma desaceleração de 0,17 ponto percentual em comparação ao índice de abril. Os investidores ficaram animados com o resultado, o que o avanço do Ibovespa de 0,54%, aos 136.436 pontos.
Nos Estados Unidos, os índices terminaram a sessão em alta, em meio a uma expectativa positiva do mercado em relação ao segundo dia de negociações entre Estados Unidos e China, em Londres. O Dow Jones subiu 0,25%, o S&P 500 ganhou 0,55% e o Nasdaq 100 avançou 0,63%.
Ibovespa hoje
- IBOV: +0,54%, aos 136.436 pontos
- Dólar: +0,14%, a R$ 5,5704
Inflação no Brasil
O IPCA, que é o indicador oficial da inflação no Brasil, fechou o mês de maio em 0,26%, desaceleração de 0,17 ponto percentual em comparação ao índice de abril.
A inflação acumula alta de 5,32% nos últimos 12 meses. No ano, o IPCA acumula alta de 2,75%. Em maio de 2024, a variação foi de 0,46%.
O resultado veio abaixo da expectativa do mercado financeiro, que esperava uma desaceleração para 0,34% no mês. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Já o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) recuou 0,74% na primeira prévia de junho, após ter fechado maio com queda de 0,49%, segundo dados da FGV Ibre divulgados nesta terça-feira. O resultado contrasta com a alta de 0,18% registrada na mesma prévia do mês anterior.
O principal fator para a deflação veio do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), que tem peso de 60% no IGP-M e recuou 1,19% em junho. Em maio, na mesma medição, havia registrado leve alta de 0,08%.
No radar hoje
Nesta terça-feira, 10, os mercados operaram atentos ao segundo dia de reuniões entre Estados Unidos e China, em Londres. Apesar das críticas recentes do presidente Donald Trump, que afirmou que a China "não é um país fácil", ele também reconheceu que as conversas estão "indo bem".
Com a agenda internacional esvaziada de indicadores, o encontro entre as duas maiores economias do mundo concentra as atenções e pode ditar o tom dos mercados ao longo do dia.
Em Brasília, os olhos estão voltados para a agenda do ministro Fernando Haddad, que deve apresentar ao presidente Lula, de volta da França, os detalhes sobre as mudanças no IOF e as novas propostas ligadas à Medida Provisória da Fazenda.
Mercados internacionais
Os mercados asiáticos tiveram desempenho misto nesta terça-feira, 10. O índice Nikkei 225, de Tóquio, avançou 0,32%, enquanto o Topix permaneceu estável. Na Coreia do Sul, o Kospi subiu 0,56% e o Kosdaq, focado em pequenas empresas, registrou alta de 0,91%, alcançando sua quinta alta consecutiva.
Por outro lado, o CSI 300, da China, caiu 0,51%, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, fechou praticamente estável. Na Índia, o Nifty 50 teve leve alta de 0,15%, com o BSE Sensex operando próximo da estabilidade. O mercado australiano se destacou, com o S&P/ASX 200 subindo 0,84%.
Na Europa, as bolsas fecharam o dia sem direção única. O índice Stoxx 600 caiu 0,02%, o CAC 40, de Paris, avançou 0,17% e o FTSE 100, de Londres, valorizou 0,24%. O DAX, de Frankfurt, registrou baixa de 0,58%.