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Ibovespa avança nos 143 mil pontos, à espera de decisão de juros no Brasil e EUA

Índices nos Estados Unidos também operam em terreno positivo, enquanto o dólar renova mínima em mais de um ano

Mercado começa a semana em compasso de espera da decisão do Fed sobre juros (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Mercado começa a semana em compasso de espera da decisão do Fed sobre juros (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 15 de setembro de 2025 às 10h48.

Última atualização em 15 de setembro de 2025 às 12h37.

Em semana de decisão de juros no Brasil e nos EUA, o Ibovespa operava em alta nesta segunda-feira, 15. Às 12h (horário de Brasília), o índice de referência do mercado acionário brasileiro subia 0,90%, aos 143.558 pontos.

Nos Estados Unidos, os índices do mercado acionário renovam recordes. O S&P 500, que chegou à máxima histórica no intraday subia 0,44%, enquanto Nasdaq avançava 0,81% e o Dow Jones operava próximo da estabilidade.

Nos Estados Unidos, dados do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, da sigla em inglês) de agosto, mesmo mostrando pressão inflacionária e incertezas por conta da influência futura das tarifas de importação adotadas pelo governo americano, não mudou o otimismo do mercado para a queda dos juros na reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) nesta semana.

O recuo do dólar frente ao real ao menor patamar em 14 meses se deve, em parte, à iminente queda dos juros nos Estados Unidos. A tão esperada reação do governo Trump à condenação do ex-presidente, Jair Bolsonaro, que não correu (ao menos por enquanto), foi considerado também outro ponto relevante da desvalorização da moeda americana na sexta-feira.

Analistas apontam que o viés ainda é de baixa para o dólar no Brasil. Agora pela manhã, o dólar recuou para o patamar de R$ 5,32.

A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) também acontece essa semana, mas a expectativa é de manutenção dos juros em 15%.

O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira indica que os cortes na Selic vão ocorrer somente a partir do ano que vem. A projeção para o IPCA do boletim, por sua vez, caiu novamente e está agora em 4,83% ao final deste ano.

No radar hoje

Dados da economia chinesa vieram mais fracos do que o esperado. A produção industrial do país cresceu 5,2% em agosto, desacelerando em relação ao avanço de 5,7% em julho. As vendas no varejo, por sua vez, subiram 3,4%, ficando abaixo da alta de 3,7% do mês anterior.

Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump voltou a criticar neste final de semana o atual presidente do Fed, Jerome Powell, a quem chamou de “incompetente”, além disso, comentou que espera “um grande corte” dos juros americanos na reunião do órgão nesta semana.

Indicadores econômicos

O índice de atividade econômica do Banco Central, o IBC-Br, considerado a prévia do PIB, apontou no mês de julho queda de 0,50% em relação ao mês anterior, acima da projeção do mercado, que esperava recuo de 0,20%.

O setor industrial teve peso importante na queda IBC-Br, com retração de 1,1% no mês. Já o setor do agronegócio, o recuo foi de 0,8%.

Mercados internacionais

Na Ásia, as bolsas do Japão não funcionaram devido a feriado local. Na Coreia do Sul, o Kospi avançou 0,35% e o Kosdaq subiu 0,66%.

O Hang Seng, de Hong Kong, teve alta de 0,22%. O CSI 300, que reúne as principais ações de Xangai e Shenzhen da China, subiu 0,24%.

Na Índia, o Nifty 50 teve queda de 0,18% e o Sensex perdeu 0,15%. Na Austrália, o S&P/ASX 200 teve baixa de 0,13%.

Na Europa, as principais bolsas abriram majoritariamente em alta. Por volta das 10h (de Brasília), o europeu Stoxx 600 subia 0,44%, o francês CAC 40 tinha alta de 1,04%, enquanto o alemão DAX subia 0,22% e o britânico FTSE 100 apresentava estabilidade.

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