O Ibovespa amplia no pregão desta terça-feira, 18, o movimento de perdas registrado na sessão anterior, quando fechou abaixo dos 157 mil pontos pela primeira vez desde o dia 10 de novembro. Às 12h28, o principal índice acionário da B3 recuava 0,31% aos 156.499 pontos, ainda próximo da mínima intraday de 155.833 pontos.

A sessão é novamente impactada pela aversão ao risco diante da cautela dos investidores sobre a trajetória dos juros nos Estados Unidos. Os operadores aguardam a volta dos dados após o maior shutdown da história dos EUA, com a divulgação de dados do mercado de trabalho nesta semana e uma sinalização dos dirigentes do Federal Reserve (Fed), o banco central americano.

Também pesa as incertezas sobre os "valuations" e a alavancagem das big techs, que têm levado inclusive os principais índices de Nova York ao negativo. Por volta de 12h31 (de Brasília), o índice Dow Jones caía 1,13%, acompanhado pelo S&P 500, com recuo de 0,87%. No Nasdaq, a queda é ainda maior de 1,47%.

Os investidores também aguardam com cautela o balanço da Nvidia, que será divulgado nesta quarta, 19, e os dados de emprego dos EUA com o payroll, previsto para quinta, 20.

Diante da incerteza sobre o futuro da política monetária americana, o dólar, que vinha em queda frente ao real, passou a subir 0,11%, cotada a R$ 5,337.

O câmbio doméstico não acompanha o movimento do exterior, onde o dólar tem leve queda, de acordo com o índice DXY, que mede a força da divisa contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos. O recuo é de 0,12%.

Bolsas desvalorizam no mundo com receio sobre techs

As bolsas asiáticas despencaram para mínimas de um mês nesta terça em meio a renovadas preocupações com as altas avaliações das empresas de tecnologia e às vésperas do balanço da Nvidia.

O índice Nikkei, do Japão, caiu 3,2%, enquanto o Kospi, da Coreia do Sul, cedeu 3,3%. O Hang Seng, de Hong Kong, também fechou em queda de 1,7%, assim como os índices da China Continental: Xangai Composto caiu 0,8%, e o Shenzhen encerrou com baixa de 1,0%.