Redação Exame
Publicado em 27 de junho de 2025 às 10h16.
Última atualização em 27 de junho de 2025 às 13h12.
O Ibovespa opera nesta sexta-feira, 27, próximo à estabilidade, recuando 0,01%, aos 137.100 pontos, após a forte alta da véspera. Na quinta-feira, o índice subiu 0,99%, impulsionado pela leitura mais branda do IPCA-15 de junho, que avançou 0,26%, abaixo da projeção do mercado.
Os investidores repercutem uma série de dados divulgados nesta manhã. Entre eles, os dados do Banco Central que mostraram que as concessões de empréstimos recuaram 0,4% em maio, enquanto o estoque total de crédito avançou 0,6%.
No câmbio, o dólar opera em forte baixa de 1,17% por volta das 13h10, cotado a R$ 5,498.
Na manhã desta sexta-feira, 27, os mercados acompanharam a divulgação de uma série de indicadores econômicos relevantes no Brasil e nos Estados Unidos, com destaque para dados de inflação, desemprego e crédito.
Nos Estados Unidos, o índice de preços de gastos com consumo (PCE), principal medida de inflação monitorada pelo Federal Reserve, subiu 0,1% em maio, em linha com as expectativas do mercado. No acumulado de 12 meses, a alta foi de 2,3%, mesma taxa registrada em março e acima dos 2,1% de abril. O núcleo do PCE, que exclui os itens mais voláteis como alimentos e energia, teve alta mensal de 0,2% e acumula alta de 2,7% em um ano.
No Brasil, a taxa de desemprego caiu para 6,2% no trimestre encerrado em maio, de acordo com os dados da Pnad Contínua do IBGE. O resultado mostra uma melhora significativa em relação aos 6,6% registrados no trimestre anterior e aos 7,1% do mesmo período do ano passado. A renda média real do trabalhador subiu 3,1% em relação a 2024, atingindo R$ 3.457.
A inflação medida pelo IGP-M também reforçou o cenário de alívio nos preços. O índice teve queda de 1,67% em junho, após recuar 0,49% em maio. No ano, acumula baixa de 0,94%, com alta de 4,39% nos últimos 12 meses.
Já o Índice de Confiança de Serviços da FGV recuou 1,2 ponto, para 90,7 pontos, devolvendo parte da alta registrada no mês anterior. A queda foi puxada tanto pela percepção sobre a situação atual quanto pelas expectativas para os próximos meses.
No setor de crédito, os dados do Banco Central mostraram que as concessões de empréstimos recuaram 0,4% em maio, enquanto o estoque total de crédito avançou 0,6%, alcançando R$ 6,653 trilhões. A inadimplência no crédito livre subiu para 4,9%, com os juros médios atingindo 45,4%. O spread bancário também aumentou, passando de 30,8 para 31,6 pontos percentuais.
Ao longo do dia, o mercado deve continuar atento a eventos relevantes. Entre os destaques estão o discurso de Lisa Cook, integrante do Federal Reserve, marcado para as 10h15, e a divulgação do índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan, previsto para as 11h.
No cenário político brasileiro, o presidente Lula participa de uma cerimônia no Tocantins às 11h30, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concede entrevista à GloboNews às 14h30. Também às 14h30, será divulgado o relatório mensal do Tesouro Nacional, com dados sobre as contas públicas.
As bolsas da Ásia encerraram o pregão desta sexta-feira, 27, em alta, com o índice MSCI para a região (excluindo Japão) atingindo o maior patamar desde novembro de 2021. O movimento refletiu o otimismo em Wall Street na véspera, onde os principais índices renovaram as máximas.
No Japão, o Nikkei 225 avançou 1,43%, fechando no maior nível desde janeiro. A alta foi impulsionada por ações de tecnologia e pela leitura de inflação de Tóquio, que mostrou desaceleração. Já o Kospi, na Coreia do Sul, recuou 0,77%, enquanto o Hang Seng, em Hong Kong, caiu 0,17%.
O chinês CSI 300, que reúne as principais ações listadas em Xangai e Shenzhen, teve baixa de 0,61%. Na Austrália, o S&P/ASX 200 caiu 0,43%.
Na Europa, o clima também era fortemente positivo. Por volta das 13h10 (horário de Brasília), o Stoxx 600 subia 1,09%, com destaque para os setores automotivo e de mineração. O CAC 40, da França, avançava 1,78%, o DAX, da Alemanha, ganhava 1,48% e o FTSE 100, do Reino Unido, subia 0,72%.
As ações europeias foram impulsionadas pela sinalização da Casa Branca de que os prazos para a retomada de tarifas sobre importações, previstos para 8 e 9 de julho, “não são críticos” e podem ser estendidos.
Nos Estados Unidos, os índices indicavam continuidade do rali. Às 13h10, o S&P 500 subia 0,70%, o Dow Jones avançava 1,18% e o Nasdaq 100 ganhava 0,61%.