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Ibovespa avança 2% e supera os 142 mil pontos pela primeira vez

Mercado opera em meio a falas de autoridades brasileiras e repercussão do balanço da Nvidia, nos Estados Unidos

Mercado digere o balanço da Nvidia (	Jackyenjoyphotography/Getty Images)

Mercado digere o balanço da Nvidia ( Jackyenjoyphotography/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 28 de agosto de 2025 às 11h50.

Última atualização em 28 de agosto de 2025 às 11h53.

O Ibovespa opera em forte alta nesta quinta-feira, 28, e avança 2,11% já nas primeiras negociações do dia. Às 11h45 (horário de Brasília), o índice estava em 142.138 aos pontos. A bolsa hoje vai se movimentar em meio a declarações de autoridades brasileiras, ao longo do dia, e a digestão do mercado ao balanço da Nvidia (NVDC34), reportado na noite de ontem.

Ainda no cenário externo, o mercado repercute a segunda leitura do PIB do segundo trimestre de 2025 nos Estados Unidos, que indicou crescimento de 3,3%, ante retração de 0,5% nos três primeiros meses do ano.

No câmbio, o dólar opera em leve queda, a R$ 5,41.

Na quarta-feira, 27, o principal índice da B3 fechou com forte alta de 1,04%, aos 139.205 pontos. Nos EUA, os principais índices ficaram no campo positivo: o Dow Jones subiu 0,32%, o S&P 500 teve alta de 0,24%, enquanto o Nasdaq avançou 0,21%.

Ibovespa hoje

  • IBOV: +2,11%, aos  142.138 aos pontos
  • Dólar: -0,11%, a R$ 5,41

No radar hoje

O balanço da Nvidia deve continuar repercutindo no mercado, depois das ações caírem cerca de 3% no after market. O CEO da empresa de tecnologia, Jensen Huang, tentou acalmar os investidores e reforçou confiança no negócio de inteligência artificial, mas os agentes econômicos levantaram dúvidas sobre a divisão de data centers e os negócios futuros na China.

Outro dado importante a ser observado de perto pelos investidores refere-se aos números de julho da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis, que revela expansão de 39,1% nas vendas de carros elétricos. A chinesa BYD teve crescimento impressionante de 290,6% nas vendas na comparação anual e a Tesla de Elon Musk, recuo de 33,6% no mesmo período.

No Brasil, a Record exibe entrevista gravada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva às 11h30, o que pode fazer algum preço no mercado.

À tarde, às 14h, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, participa da abertura do evento “Open Finance – 5 anos”, em Brasília. E às 14h30, será divulgado o resultado do Tesouro Nacional de julho.

Indicadores econômicos

O destaque nesta manhã de indicadores foi a divulgação pela FGV Ibre do Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), que subiu 0,36% em agosto, após queda no mês anterior de 0,77%.

O resultado ficou acima da estimativa do mercado de 0,21%. Com esse resultado, o índice acumula queda de 1,35% no ano e alta de 3,03% nos últimos 12 meses.

A alta do Índice de Preços ao Produto Amplo (IPA) — que compõe o IGP-M e responde por 60% do índice — marca a reaceleração dos preços dos produtos agropecuários, que desde maio vinham registrando quedas intensas, explica Matheus Dias, economista do FGV Ibre.

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) — que também compõe o IGP-M — apresentou ligeira queda.

Mercados internacionais

Nos mercados internacionais, o "tarifaço" dos Estados Unidos segue no radar, depois de o governo americano de Donald Trump confirmar a taxação de importação de 50% (igual ao do Brasil) aos produtos indianos por conta do país comprar petróleo russo.

O principal índice do mercado de ações da Índia, Nifty 50, fechou com recuo de 0,85% e o Sensex, com queda de 0,87%. A bolsas voltaram a operar hoje, após um feriado local, e sentiram a pressão pela entrada em vigor das tarifas adicionais.

Na Ásia, o índice japonês Nikkei 225 avançou 0,75%, enquanto o Topix subiu 0,65%. Na Coreia do Sul, o Kospi teve alta de 0,29% e o Kosdaq apresentou recuo de 0,41% — o Banco Central coreano manteve nesta quarta-feira a taxa básica de juros em 2,5%, o que explica a baixa do Kosdaq, um índice de pequenas empresas na bolsa.

O S&P/ASX 200, da Austrália, subiu 0,22%. Já na China, o Hang Seng, de Hong Kong, recuou 0,81%. Já CSI 300, que reúne as principais ações de Xangai e Shenzhen, subiu 1,77%, depois de forte recuo (1,49%) no dia anterior.

Na Europa, as bolsas operam com ganhos moderados. Por volta das 11h45 (de Brasília), o francês CAC 40 subia 0,44%, enquanto o alemão DAX tinha alta de 0,15%, o pan-europeu Stoxx 600 recuava 0,14% e o britânico FTSE 100 caía 0,40%.

Nos Estados Unidos, os principais bolsas operam, no mesmo horário, de forma mista. O Dow Jones cai 0,20%, o S&P 500 sobe 0,06% e o Nasdaq 100 avança 0,32%.

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