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Ibovespa vira para queda com temor sobre paralisação das atividades do governo americano

O dólar opera em alta a R$ 5,327

Ibovespa: mercado repercute relatório Jolts (Germano Lüders/Exame)

Ibovespa: mercado repercute relatório Jolts (Germano Lüders/Exame)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 30 de setembro de 2025 às 12h55.

Última atualização em 30 de setembro de 2025 às 13h17.

O Ibovespa virou para queda nesta terça-feira, 30, com o temor sobre a possível paralisação do governo dos Estados Unidos caso uma lei orçamentária não seja aprovada até o final do dia, se alinhando aos mercados americanos.

O principal índice da B3 operava com perdas de 0,30%, por volta das 12h55, aos 145.895 pontos. Na véspera, o índice fechou em alta de 0,61%, aos 146.336 pontos, renovando o recorde intraday ao bater os 147.558 pontos.

Já o dólar fechou em queda de 0,30% na segunda-feira, 29, a R$ 5,322, e nesta terça-feira, 30, opera em alta de 0,09%, cotado a R$ 5,327.

Pnad Contínua

Os investidores repercutem nesta terça-feira, 30, a divulgação dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa de desemprego no trimestre encerrado em agosto de 2025 caiu para 5,6%, queda de 0,6 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre de encerrado em maio de 2025 (6,2%) e queda de 1 p.p. ante o trimestre móvel encerrado em agosto de 2024, quando a taxa foi de 6,6%. O resultado veio em linha com a expectativa do mercado financeiro, que projetava uma taxa de 5,6%.

Resultados fiscais

A dívida bruta do Brasil fechou agosto em 77,5% do PIB, estável em relação a julho e abaixo da expectativa de 78% em pesquisa da Reuters, mostraram dados divulgados nesta terça-feira pelo Banco Central. A dívida líquida atingiu 64,2% do PIB, acima dos 63,6% do mês anterior e levemente acima da projeção de 64,1%.

No mesmo período, o setor público consolidado registrou déficit primário de R$ 17,3 bilhões, melhor que a mediana de R$ 21 bilhões esperada pelo mercado, de acordo com a Reuters. O resultado refletiu déficit de R$ 15,9 bilhões do governo central, R$ 1,3 bilhão de estados e municípios e R$ 6 milhões das estatais.

PMI e Jolts

Nos Estados Unidos, foi divulgado o PMI do ISM Chicago relativo a setembro, que caiu a 40,6, de 41,5, frente ao consenso de 43.

O mercado também repercute dois dados relevantes: o relatório de abertura de vagas (Jolts), com as aberturas de vagas de emprego de agosto, e a pesquisa de confiança do consumidor elaborada pelo Conference Board.

Segundo o Departamento do Trabalho americano, o relatório Jolts de agosto mostrou a abertura de 7,227 milhões de vagas, de 7,208 milhões (revisado de 7,181 milhões). O consenso era de 7,2 milhões. Já o Conference Board mostrou que a confiança do consumidor de setembro ficou em 94,2, de 97,4 (consenso 96).

No radar hoje

Às 14h30, no Brasil, o Tesouro Nacional publicará o Relatório Mensal da Dívida e o Plano Anual de Financiamento, seguidos de coletiva.

Às 15h, será a vez do Banco Central da Colômbia anunciar a decisão de política monetária. Mais tarde, às 20h10, Lorie Logan, do Fed de Dallas, participará de um evento institucional. E, no fim da noite, às 21h30, o Japão divulgará o PMI industrial final de setembro.

No mercado corporativo, o gigante do mercado esportivo Nike divulga resultados após o fechamento do pregão.

Mercados internacionais

As bolsas da Ásia encerraram o pregão desta terça-feira, 30, em tom misto, após a divulgação de dados divergentes sobre a atividade industrial da China. O índice oficial de gerentes de compras (PMI) veio em 49,8 pontos, ainda em contração, mas acima das expectativas. Já a leitura privada da RatingDog ficou em 51,2, sinalizando expansão.

Na China, o índice CSI 300, que reúne as principais ações listadas em Shenzhen e Xangai, fechou em alta de 0,45%, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, terminou o dia com ganhos de 0,87%.

No Japão,Nikkei 225 recuou 0,25%. Na Coreia do Sul, o Kospi perdeu 0,19%. Na Austrália, o S&P/ASX 200 caiu 0,16% após o banco central manter os juros em 3,6%.

Na Europa, depois de abrir no campo negativo em meio à cautela com novas tarifas comerciais anunciadas pelo presidente Donald Trump e à indefinição sobre o orçamento americano, as bolsas viraram e operam no campo positivo.

O Stoxx 600, que reúne as principais ações da região, fechou em alta de 0,47%, enquanto o DAX, da Alemanha, avançou 0,34%, o FTSE 100 de Londres subiu 0,46% e o CAC 40, da França, teve ganho de 0,19%. Entre os destaques corporativos, a joalheria dinamarquesa Pandora recuava 2% depois de anunciar a saída de seu CEO, e a Lufthansa, da Alemanha, despencava 4,3% depois de confirmar o corte de 4 mil vagas até 2030.

Nos Estados Unidos, os índices operavam em leve queda. Por volta das 12h55, o Dow Jones caía 0,27%, o S&P 500 recuava 0,11% e o Nasdaq 100 oscilava em baixa de 0,15%.

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