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Ibovespa renova máximas: o que esperar da Bolsa daqui para frente?

Segundo relatório do BofA, otimismo com cortes de juros e real mais forte abre espaço para novas máximas do Ibovespa

Publicado em 17 de setembro de 2025 às 10h25.

Última atualização em 17 de setembro de 2025 às 10h58.

O Ibovespa voltou a quebrar recordes em 2025.

Nesta quarta-feira, 17, com a expectativa em torno das decisões de juros nos Estados Unidos e no Brasil, o Ibovespa atingiu sua máxima histórica intraday, operando em alta de 0,71%, aos 145.078 pontos por volta das 10h45 (no horário de Brasília). O acumulado do ano já chega a 19,85%, desempenho que em menos de nove meses quase iguala o ganho de 2023 e reverte a queda de 2024. A pergunta agora é: até onde o Ibovespa pode ir?

Para metade dos 33 gestores consultados pelo Bank of America, que administram cerca de US$ 95 bilhões, o índice deve superar os 150 mil pontos até o fim de 2025. Em agosto, apenas 10% consideravam esse cenário possível.

Apetite por risco e cortes de juros

O LatAm Fund Manager Survey mostra que o apetite por risco está no nível mais alto desde 2021, enquanto as proteções contra quedas caíram a mínimas históricas. O nível médio de caixa está em 6%, próximo da média histórica de 5,4%.

Isso significa que gestores estão mais expostos à renda variável, apoiados na expectativa de cortes de juros tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. No cenário doméstico, metade já espera pelo menos uma redução da Selic ainda em 2025. O BofA projeta a primeira queda em dezembro, levando a taxa para a faixa de 14,5% a 15%.

Outro fator de suporte vem do câmbio. Os gestores agora enxergam o real entre R$ 5,11 e R$ 5,40 por dólar no fim de 2025, melhora em relação à faixa de R$ 5,41 a R$ 5,70 projetada no mês anterior.

Nos setores, bancos e utilities continuam como os preferidos dos gestores, enquanto commodities seguem entre os menos atrativos. Nas estratégias, qualidade e crescimento permanecem em destaque, mas também aumentou o apetite por ativos de maior risco.

Riscos e desafios

Apesar da euforia, os riscos seguem no radar dos gestores. O levantamento mostra que os mais citados são juros mais altos nos Estados Unidos e a força do dólar.

Os investidores também esperam que o ruído em torno de tarifas comerciais sobre Brasil e México perca força daqui em diante, reduzindo um risco que antes pesava sobre a região.

Dentro da região, 61% dos gestores acreditam que o Brasil deve superar o México em desempenho nos próximos seis meses, contra 35% no levantamento anterior.

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